quarta-feira, 28 de maio de 2014

Relações Interpessoais



Quem trabalha em ESCOLA, deve buscar o tempo todo, soluções de boa convivência, pois,além de ter seres humanos como objeto de trabalho, precisa dar exemplos e fazer a diferença na vida das crianças, principalmente na parte formativa de opiniões e paradigmas a serem  desenvolvidos durante toda uma vida.
Sabemos que a criança forma seu caráter baseando-se muita mais no que ela vê do que no que lhes é falado, portanto, todo cuidado é pouco no que diz respeito ao  trato às pessoas à nossa volta.
Nosso dia a dia precisa ser monitorado sempre...arrogância e síndrome de poder a ponto de humilhar uns aos outros, não pode acontecer na Escola.
Precisamos valorizar todos os segmentos e valorizar o trabalho de cada um, pois todas as funções dentro da escola, fazem parte da  rede de proteção à criança.
As relações interpessoais dependem da visão de mundo de cada um. Essa visão precisa ser madura  e depende do autoconhecimento e da busca  de melhoria sempre.
Existe uma palavra chave dentro das relações que é temida  e barra na resiliência ao novo.: é a palavra MUDANÇA.
Muitas pessoas se apegam à valores e preconceitos de uma vida toda e tendem a carregar para o trabalho aquilo que acreditam ser  verdade absoluta.Não abrem horizontes para o novo...insistem em aplicar seus ensinamentos antigos na geração moderna e ..nada acontece.
Assim também é nas relações interpessoais: ”sou assim mesmo” e “não mudo”como a gente ouve sempre .Isso gera grandes desencontros, pois na hora do diálogo não respeita a opinião dos outros. Não tenta vivenciar novas experiências e...surge o conflito.
Em relação aos alunos ,então,é pior:  “rotula-se”:esse é bonzinho...aquele é uma “pestinha”..nossa...o outro não consegue parar...”hiperativo”..etc.
As ações do cotidiano são baseadas nesses rótulos, e não se consegue grandes resultados ,pois o trabalho não está sendo em cima de pessoas e sim ,em cima de preconceitos.
Em se tratando de crianças, pais e escola vêm errando principalmente com as  rotuladas de hiperativas. É preciso levar em consideração que a modernidade faz com que as crianças sejam aceleradas.Desde que nascem,são ativadas o tempo todo...crescem influenciadas pela tecnologia, e estão o tempo todo plugadas. Isso faz com que tenham pensamentos acelerados que são facilmente confundidos com hiperatividade.
O próximo passo é dar remédio, levar ao psicólogo e as crianças passam a ser vítimas de um sistema, e o tratamento é paliativo, não resolve.
Um professor educador precisa conhecer essa realidade, para ajudar os pais ,e não comprometer todo um futuro por uma visão errônea da realidade.
Uma coisa é certa..o bom andamento das relações interpessoais .nos locais por onde passamos,dependem apenas de nós mesmos.É muito fácil colocar a culpa nos outros :chatos,difíceis,insensíveis são alguns conceitos de pessoas que achamos em nossos caminhos...e ai? Desistimos de ir em frente por conta disso?
Se cada um de nós,buscar o caminho do bem viver em comunidade,e construirmos “pontes” ao invés de “muralhas”chegaremos ao ideal pregado nos versos da música Imagine dos Beatles.
Dá trabalho ficar revirando nosso baú de emoções, mas compensa...

Rosely Rodrigues (membro da Academia Guaçuana de Letras)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Seu José



“SEU JOSÉ”

Conheci “Seu José”
Maria Duprat,
E deste conhecimento
Nasceu uma bela amizade
E uma grande admiração.

Coisas do meu coração
Muito mais que da razão.
Conheci “Seu José”
Maria Duprat,
Foi um momento de glória.

“Porta giratória”
Foi a primeira crônica dele
Que eu li com muito prazer.
Depois daí foram muitas,
Foram tantas, incontáveis...

Crônicas admiráveis
Que nos falavam do sitio
E falavam da cidade,
Da família, dos amigos,
E também dos animais.

“Seu José” era demais,
Escrevia cada coisa!
E tudo compartilhava
Com seu profundo amor,
E muita simplicidade.

Com sincera amizade
E com muita transparência.
Ele bem pouco falava,
Mais muito comunicava
Com seu gesto, com seu jeito...

Amizade e respeito
Era o seu apanágio.
Tinha sempre algo novo
Pra repartir com o povo
Com amor e singeleza.

Era sempre a certeza
De uma crônica nova
Que ouvíamos calados,
Porém muito admirados
Com sua desenvoltura.

“Seu José”, de alma pura,
Na nossa Academia
Era o mais esperado
Com seu lugar bem guardado
Em nossas reuniões.

E quando ele chegava
A todos emocionava
Com sua gentil presença.
José Maria Duprat
Com sua alma-criança

Está em nossa lembrança.
Com suas crônicas lindas
Que hoje podemos ler.
Nosso amigo e nosso irmão
Conosco vai sempre viver.

Cícero Alvernaz (membro da Academia Guaçuana de Letras)
Mogi Guaçu, SP, 29-11-2012.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Rosely Rodrigues

Rosely Rodrigues é poetisa e cronista, formada em Letras- Português/Inglês na PUCC..Pontifícia Universidade Católica de Campinas ( término em 1972) e em Pedagogia (Faculdades Plínio do Amaral de Amparo). É professora da rede estadual de ensino desde 1970. Ministrou aulas na rede municipal :Fundação Educacional Guaçuana até 1987. Foi Coordenadora de Área na extinta Escola Padrão. Em 1996 assumiu o cargo de Assessora Técnica na Delegacia de Ensino de Mogi Mirim até aposentadoria em 15 de dezembro de 1998. Em 2001 assumiu a função de Coordenadora Geral do CAIC Deputado Miguel Martini- Mogi Guaçu- cargo comissionado onde ficou por 8 anos. Em 2002, prestou serviços de Gerência de um Centro de Idosos-Joaquina Maria de Arruda. Em 2013 assumiu a função de Assessora de Projetos de Apoio da Secretaria de Educação de Mogi Guaçu, onde permanece até os dias atuais.

Reflexão: Família



No dia quinze de maio, comemoramos o Dia Internacional da Família,e ,para refletir sobre o tema,aconteceu no Centro Cultural um Fórum de debates sobre o assunto.
Levantou-se alguns aspectos positivos e negativos sobre a família que temos hoje.
Saímos da formação patriarcal, onde o homem era o chefe e provedor dos núcleos familiares, a voz final de todos os  conflitos onde ele mandava e todos deveriam obedecer..As famílias eram numerosas com religiosidade norteando os valores a serem acompanhados por todos.
De repente....nos anos 60,com o advento da pílula e a queima de soutiens, as mulheres passaram a ter voz e  , de lá para cá tudo mudou.
A passividade feminina foi ficando para trás e as mulheres assumiram postos e vieram lutando pela igualdade de direitos com os homens,o que afetou muito a formação familiar.
Hoje temos vários tipos de família: um homem,uma mulher e poucos filhos(exceto em algumas regiões do país),família onde a mulher vive só com os filhos e é provedora, existem as uniões homoafetivas, onde as crianças convivem  com dois pais ou duas mães;  famílias formadas por avós e netos; irmãos sozinhos ou ainda por uma só pessoa, geralmente idosa ..
As crianças, que precisam ter uma família bem estruturada,para encontrar a segurança e a afetividade necessárias para seu desenvolvimento natural,muitas vezes, se encontram perdidas num torvelinho de mudanças,onde os adultos ainda buscam seus caminhos,e deixam a desejar como responsáveis por essas vidas.
Quando a criança chega na escola,ela não chega vazia.Ela trás consigo sua história, seus dramas e suas conquistas.Para conviver com elas, os educadores precisam ter uma visão aguçada e sensibilidade para entendê-las e descobrir  o ponto onde podem interferir para provocar nelas a vontade de estudar e participar das atividades escolares.
Infelizmente as faculdades  não ensinam isso para os professores.Muitos descobrem na caminhada( como pregou Paulo Freire- que o caminho se faz caminhando);outros resistem e tem medo do novo...preferem ficar enraizados ao passado e apenas tentar “ensinar” e felizmente a maioria busca soluções para dar certo com as crianças do século XXI.
Lendo e estudando e colocando minha experiência de décadas em Educação ,sugiro que Educadores se flexibilizem, busquem ,antes de tudo, o auto-conhecimento para conseguirem atingir seus objetivos com as crianças..senão a coisa se torna uma rotina:”professores fazendo de conta que ensinam e crianças fazendo de conta que aprendem”.
A viagem interior e busca de nossa autonomia é algo maravilhoso. Quem trabalha com paradigmas, precisa estar sempre na  plenitude de si mesmos. Ninguém consegue criar vínculos e entender o outro se não se entende e não se conhece.
Lembram-se?? “AMAR AO PROXIMO COMO A SI MESMOS”...
Batemos sempre nessa tecla pois percebemos a resistência das pessoas para buscarem o auto conhecimento.Quando se propõe um curso ou um aperfeiçoamento a primeira pergunta que fazem é: tem certificado??? Vale pontos?????É no horário de aula???
É muito triste ouvir isso..pois dificilmente as pessoas se dispõem a fazer algo sem ter alguma coisa em troca...apenas não pensam que o maior presente em adquirir conhecimento é o aprimoramento pessoal,o crescimento como pessoa e isso: NÃO TEM PREÇO.

Rosely Rodrigues (membro da Academia Guaçuana de Letras)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Auto em Soneto à Mamãe



Entre milhares de mães, escolhi você, 
ao longe vi sua Luz intensa, querida,
flor delicada de raro perfume porque
vai me ensinar a falar, ser feliz na vida.

Mamãe forte, querida por mim escolhida
o amor que há em seus olhos agora me diz
conhece os contos de fadas... tudo da vida,
só em seu colo, em seus braços, serei feliz.

Vai me ensinar a andar, semear, colher,
sonhar, cantar nos dias de chuva e de sol,
sua mão forte mãezinha me fará vencer.

Riscou de giz colorido o meu arrebol,
sorrindo te agradeço meu lindo viver.
Juntos ouviremos cantar o rouxinol.


Fátima Fílon (Membro da Academia Guaçuana de Letras) 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Miragem - Marcus Viana

Aldravias de Diamantino Gaspar


Lembrança
Momentos
Valores
Que 
Aldravia
Tocou

Na
Essência
Do 
Poema
Transcende
Paixão

Minhas 
Poesias
Saudosas
Metonímias
De
Mim

Em 
Pinceladas
Acrílicas
Enquadradas
Coloridas
Nuances

No 
Prazer
em 
Versos
Bailam
Aldravias

Aqui 
Pouso
Meus
Olhos
De
Saudade

Bateu
Por Bater
Aldrava
Respondeu
Gargalhando

Aldravia 
Para 
Ler
Antes
Do 
Anoitecer

O que é aldravia?
Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia – aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração. 
fonte: http://www.jornalaldrava.com.br/pag_aldravias.htm


Diamantino Gaspar (Membro da Academia Guaçuana de Letras)