quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

AO AMADO AMIGO LUIS HENRIQUE PAZ E FORÇA.





Queridíssimo e amado irmão-confrade Luis Henrique

Um desencadear de pequeninos problemas ocorreu-me, frente ao que passou e passa meu querido amigo-irmão Luis Henrique; tão incomensurável que difícil é envidar palavras. Não pude comparecer à reunião da AGL, e nem tempo de avisar a ausência me sobrou, pela seguinte sequência de fatos:
- Falecimento de um parente distante a mim, mas próximo por parentesco ao meu genro, onde as famílias se inteiram de modo cristão e fraterno,sendo inevitável a presença. A nora bate o carro, passamos o nosso para o filho. A minha esposa tem sua recidiva nas hérnias de disco e vamos ao PS; a empregada contrai dengue e se afasta do serviço; (assumo o seu posto (faxinas e cozinha)a somatória dos inconvenientes foi maior do que o possível em conjugar todos ao mesmo tempo; mas esteja certo, meu amado amigo, sou fervoroso na Fé, creio no Eterno Pai Criador com todas as forças de meu coração; assim, peço perdão aos meus pecados e tudo a Ele clamo, nunca adelantando a mim (que é, e deve ser sempre por último, e ao extremo do necessário) mas tudo peço pelos meus amados, sejam de sangue como de afeto; meu próximo, meus amigos, onde peço estar colocado você amado amigo e colega,nos braços de Cristo, por minha alma e coração incluso em minhas preces: para tua Paz, Teu Consolo, Tua Fé, Teu Amor e Tua Esperança no Paraíso, em nome da Santíssima Trindade a que amo creio e vislumbro. Por Jesus redivivo, Amigo sempre presente em Espírito e Verdade o Nosso Salvador. FIQUE EM PAZ COM DEUS PAI TODO PODERO, SEJAS FORTE E VALENTE COMO SEMPRE. 
EM NOME DE JESUS,meu amigo Luiz Henrique. Que na Eternidade todos possamos entender, os desígnios do Criador.  Hoje e para o resto de nossas vidas. Amém e Amém!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A primeira reunião da AGL de 2015

Nossas atividades literárias tiveram início no sábado, 21 de fevereiro de 2015. Na oportunidade os membros da Academia Guaçuana de Letras compareceram à Faculdade Maria Imaculada e expressaram seus sentimentos ao Acadêmico Luís Henrique Rocha Campos. Os presentes leram os textos (alguns já publicados aqui no espaço) escritos por Luís Henrique em decorrência da perda do seu filho Guilherme Henrique. A escritora Fátima Fílon que também já passou por fatalidade similar, se emocionou bastante. Assim como todos os presentes.

Além disso, houve a leitura de poemas e textos de autoria dos demais Acadêmicos. Cícero Alvernaz registrou algumas imagens: 

Os Acadêmicos (da esquerda para a direita) Eliana Silva, Fátima Fílon, João Victor Rossi, Afonso J. Santos, João Carlos, Maria Ignez, Alberto Paschoaletto, Paul Law e Cícero Alvernaz

Eliana Silva declamando um poema do seu livro "Nossa Vez de Viver"

Joca (João Carlos) declamando o seu poema

Maria Ignez leu um texto sobre política

As meninas: Maria Ignez, Rosely Rodriques, Fátima Fílon e Eliana Silva

Fica o registro e a lembrança. 
       

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Filhos e livros

Filhos e livros
De tantos livros na estante que tenho
Os que mais eu valorizo em quinhões são:
Os que mais vezes reli e os que mais vezes
Meus filhos, em seus primórdios arremedos
de escrita - fizeram suas marcas.
Todas as páginas estão marcadas,
Assim como estão marcadas, pelos meus filhos, minha Vida e alegria.
Todos estes livros, de assuntos díspares:
Versos, universos e mundos – Gigantes são!
Assim são meus filhos e livros.
Soldos nenhum lhes seriam aplicados com justeza ao mercado!
Luís Henrique da Rocha Campos – fevereiro de 2015.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O traçado dos trilhos

O traçado dos trilhos
Sabem onde devem levar
Igual o sol em brilhos
Pra quem olha faz ofuscar.

Se escolher moradas pudesse
Uma ao menos queria
Vizinhança com os anjos em prece
Meu filho, que meu amor não esquece.

Não parto agora – que não tem hora
Sinto amores dos anjos daqui
São filhos meus que fiz outrora
É por eles impossível partir.

O amor - este não morre
Só não sabe bem - que não o tem
Recorre a esta grande LUZ
Que aquece – quem chora e sofre,
Sabendo pra onde conduz.




Falsa verdade

Se já posso sentir as dores da senilidade,
Igual poder teria, com forças da minha mente,
Resfolegar-me na pregressa puberdade.
Quem sabe assim: santo ou demente
Subjugar-me na crença de uma falsa verdade.


Quando ALGUÉM está no CÉU

Quando ALGUÉM está no CÉU
E você olha pras nuvens
De repente uma chuva leve cai.
No mesmo instante Saberá que - quem possa
Tê-la mandado
Mandou-lhe em forma de rega
Pra que a flor vermelha
De um coração que sangra
Possa estancar e florir,
Quem sabe tomar uma nova cor
Refazendo-se e apresentando-se num BRANCO
Transformando-se na representação
Daquela intenção
Que é mostrar
A PAZ que nesta cor EXISTE E
Reflita a ALMA de quem a mandou.
Assim, junto à chuva, molhando o rosto
Ao olhar pra cima, não possa somar lágrimas
 e gotas de chuva
Com esta certeza possa cessar a tristeza,
Pois que ele LÁ só quer sorrisos
No coração, ALMA ALVA e ALEGRIA
Que perdure pra SEMPRE.

Luís Henrique da Rocha Campos.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Filhos

Quando temos filhos,
Sabemos etimologicamente a alegria.
Quando alguns se vão com o vento,
Desconhecemos a fúria de uma tempestade.

domingo, 15 de fevereiro de 2015



CARTA DE UM DIABO AO ADMINISTRADOR DE UMA ALDEIA
"O melhor método para expulsar um demônio, se ele não ceder aos textos das Escrituras, é ridicularizá-lo, zombar dele, pois ele não suporta o escárnio"
(Lutero)

"O diabo (...) o espírito orgulhoso (...) nãotolera ser motivo de chacota"

Esses casos assim denominados insólitos, às vezes bizarrosanormais ou fora do cotidiano, dependendo de quem os vê ou do ângulo visto, pode acontecer em qualquer época ou lugar no mundo.
       Ainda, depende do grau de conhecimento das suas defesas psíquicas, seu próprio psiquismo, e, sobretudo conhecimento do sobrenatural acomodado na esfera do Bem. Pois, isso vai depender da quantidade de Bem ou de Mal contido na pessoa que vai descrever, contar ou recontar sua vivência extraordinária.      
      
      
 "Não tenciono explicar aqui como caiu em minhas mãos a correspondência que ora ofereço aos leitores.
       Há dois erros semelhantes mas opostos que os seres humanos podem cometer quanto aos demônios. Um é não acreditar em sua existência. Outro é acreditar que eles existem e sentir um interesse excessivo e pouco saudável por eles. Os próprios demônio ficam igualmente satisfeitos com ambos os erros, e saúdam o materialista e o mago com a mesma alegria" ( C.S. Lewis)

      
        
         Um diabo em desânimo, antes de voltar ao inferno, deixou ao chefe administrativo de uma aldeia a seguinte carta:
      

      " -Um dia, (pois ninguém sabe quando chego e quando saio) cheguei a este lugar que vocês chamam "Val Felice", cujos habitantes nobre dirigente, irritantemente, fazem realmente jus ao nome de sua aldeia, pois vivem em amor, paz e usufruindo de Virtudes.
       Afirmo, Excelência, que usando de todas as minhas diabruras até as mais eficazes com que comando a maior parte do mundo, tentações e tentativas de discórdia (uma de minhas armas mais eficazes) fui incapaz de endemoninhar um habitante sequer de seus concidadãos, que tem o terrível mau gosto e hábito, de usarem um emblema de um peixe, ou uma cruz no pescoço ("com mil infernos!). Fazerem constantes orações ao meu inimigo, que me arrepiam de nojo e pavor; e, mais ainda, cantam músicas que falam de seu abominável mestre, que por mais que me esforce não consigo me aproximar deles.
       Senhor administrador e chefe religioso de "Val Felice" de ti também não consegui me aproximar, pois uma força me empurrava ao contrário. Mas, ao preparar-me para escafeder o mais breve daqui eis que surge  uma linda e jovem mulher de corpo fenomenal, além de bela, sensual e provocante - como os diabos gostam -  saída não sei de onde, do meio de um a labareda, e me afrontava com vanglórias e sarcasmos, dizendo-me que fui fraco e ela provaria ser mais eficiente que eu, desafiando-me que venceria nos locais em que fui derrotado, de goleada.
       Claro que duvidei Excelência! Mas ela sorriu sarcástica dizendo:
       - Vai embora capeta covardão, saia derrotado e humilhado, com esse rabão comprido metido entre as pernas, para que o povo de "Val Felice" morram de rir lá na igreja; que é o lugar onde mais se abastecem contra ti. E deu uma estridente e divertida gargalhada na minha cara Excelência! Na cara do demônio que sou!
      
        O diabo assim humilhado, por tão vil desafio, e proferido por uma mulher, amarraram ali mesmo uma aposta.
        Ela propôs ao capeta, visitar a casa de um casal, modelo de amor e felicidade. Aproveitaria a ausência do marido representante de uma multinacional, que às vezes pousava na localidade em que fora visitar.
       Fez-se amiga da jovem esposa. Depois de ganhar a confiança da mulher, foi logo dizendo: - Gertrudes, os homens, dos quais eu conheço o mapa de cor e salteado, eu sempre soube, mas de dias para cá tenho a certeza, eles são todos uns trastes! Quer uma prova? Saiu toda rebolativa com seu corpo escultural, seu decote mais do que generoso, seus cabelos negros longos lisos e brilhantes, lábios vermelhos e saltos altos, vestido justo vermelho brilhante. Deu um pequeno passeio na rua de Gertrudes. Um homem entrou com a bicicleta em um buraco e caiu. Outro trombou com um poste. Ainda outro, ficou com a correia e a coleira na mão, sem o cachorro que fugiu! Todos e mais alguns, por terem ficado hipnotizados com a presença daquela mulher.
      
        Ela volta e fala para Gertrudes: - Não falei para você minha querida! Os homens são todos uns trastes, uns cachorros sem-vergonhas, não merecem o dedicado amor de nós mulheres! Para onde vão, amam e dormem com outras!
       -Olhe! Eu nada tenho a ver com o que você pensa... Apenas - você viu a prova - esta é a verdade, minha pobre e querida Gerthy. E saiba minha querida amiga, que o seu Rui não é diferente desses honrados homens que quase "se mataram" para me olhar, não! E veja que eles não ficam um domingo sem frequentar a igreja.
       -Gerthy querida, você sabe por acaso onde está o Rui agora e o que ele está fazendo?  Não, né!? Já sabia...
       Mas escute bem esta amiga aqui. Tem uma coisa "simplérrima" que você pode fazer; o seguinte:
      
      - Quando o Rui voltar para casa, na hora de dormir, você lhe nega fazer amor por estar com muita dor de cabeça, e se ele for te beijar você diz que está com muito sono. Quando ver que ele já está dormindo, você... Gerthy, pega uma faca bem afiada e corta dois ou três fios da barba e do cabelo do Rui. Certo, Gertrudes querida!? – Uma faca. Tesoura não vale.

Por que isso?? Porque você vai me passar esses fios de barba e com eles eu farei uma simpatia infalível que aprendi com minha tia Zuleica. Ela fez e não falhou. Para todas que eu fiz a poção, nunca mais nenhum marido olhou para outra mulher. Com você vai ser a mesma coisa. O Rui vai pegar ojeriza por outra que não seja você. Vai ver!

       Gertrudes, que a mulher fatal já intimamente chamava de Gerthy, fez a estapafúrdia promessa à intrusa, e, acreditou piamente nela.
       Fato contínuo, a sagaz mulher intercepta Rui antes de chegar
em casa. Fala que ele tenha calma e se controle, que infelizmente toda a aldeia sabe que sua esposa o está traindo com o estancieiro; que era seu amante e que ambos haviam tramado matá-lo enquanto dormisse. Que, a encarregada de assassiná-lo era sua própria mulher com uma faca muito afiada, de matar porcos lá da estância. Com todos esses detalhes, Rui ficou ansioso de que a história daquela mulher fosse mentira, visto o imenso amor que tinha pela esposa.
      
       O melhor truque que encontrou foi fingir que estava dormindo; com os sentidos aguçados, com "um olho aberto e outro fechado".
       Então, que desgraça! Viu Gertrudes vindo com a faca muito afiada. Saltou para fora da cama num "pulo de gato" o mais longe que pode da faca. Num repente, de lá, saltou sobre ela esfaqueando-a mortalmente no peito, com uma outra faca que havia deixado debaixo do travesseiro. Gertrudes caiu sobre uma poça de sangue.
      
       Cumpriu a certeza de sua defesa, com sabor de vingança: - Pensou Rui.
       

       A notícia espalhou-se na aldeia como fogo na palha: irmãos, primos, os pais, tios, amigos...Todos correram ao local onde flagraram Rui em estado de choque, sem conseguir se mover.
        
       Não houve conversa, pergunta nem argumentos, Rui foi linchado, trucidado, pela família numerosa de Gertrudes. Por vingança, ódio e furor insano, perante o cenário horripilante.
       O ódio se apossou daquelas pessoas, que até antes eram pacíficos e ordeiros, cumpridores das leis e seus deveres. Retiraram o corpo de Gertrudes do quarto e o levaram. Em seguida atearam fogo na casa com o corpo de Rui semivivo lá dentro e todos em massa, urrando e proferindo palavrões indizíveis foram à cata dos demais parentes de Rui: dizimando, velhos e crianças desde que fossem aparentados, queimando as casas e matando os animais. Nem cachorro ficou vivo.
      
      Com isto deflagrou-se uma guerra entre famílias, Foram computados, antes que a guerra familiar chegasse ao fim, mais de 18 crianças de todas as idades, até as que mamavam, 115 mulheres, entre meninas, adolescentes, moças e velhas  135 homens de todas as idades, não importando o grau de parentesco, desde que fossem da família  de Rui Stephanus, ou seus agregados. Somando-se os da família de Gertrudes com menos baixas.

      O diabo ficou pasmo de surpresa, seus pelos se eriçaram horrorizado com a eficiência daquela mulher, que não só fez a desarmonia entre o casal, como os fez se matarem e causar uma terrível guerra entre famílias, que sabe lá quando ia terminar.
      
      Deixou o seguinte final em sua carta ao administrador da Aldeia: Vocês nunca mais me verão por aqui! Perdi a aposta para uma mulher...! Ela com certeza pode mais que uma legião de demônios! Até nunca mais “Val Felice.!!"
   
     - Fui! - Concluiu o diabo.


PROCISSÃO DO ADEUS


Hora da partida, do último apito do velho chefe de estação. O esfumaçado derradeiro vagão se dilui no bruxuleante mormaço que flui das pedras e do aço dos trilhos.

Desaparece na curva férrea o comboio.

Lenços brancos abanando nas janelas dos vagões são engolidos pelo horizonte que desconhece os dramas, as tristezas e alegrias das vidas que leva embora, e das que ficam na plataforma...

Ficam muitas mulheres: jovens namoradas, noivas e mães não tão jovens, derramando lágrimas do gosto de um mar distante o qual nunca viram.

Vão-se embora como em “Procissão do Adeus”, carpem sentidamente por um sinônimo que se diz Partida.

Alguém não vai embora seguindo a "procissão". Já foi  moço, um belo rapaz cheio de sonhos a dividir. Hoje está velho, muito velho e cansado; mas continua esperando por aquela de mãos tão brancas, longos dedos, chapéu de flores, riso leve e um tanto tristonho, que parece há milênios lhe abanou seu lencinho branco em despedida... 


Único e primeiro amor de sua vida, que partiu e ele continua esperando sua volta... 
Ela partiu, mas ele é alheio aos que lhe dizem por compaixão: que ela se foi para a mais longa das viagens !

Na despedida final, em seu último badalar, o grande relógio da estação deixará de ser a metáfora para se transmudar na poderosa metonímia, que não pode fugir aos desígnios do Grande Relojoeiro, que o vai calar ... Uma hora, um dia... De uma vez!...


LIVROS PUBLICADOS DE MAURO MARTINS SANTOS
LIVROS MAIS RECENTES DE
MAURO MARTINS SANTOS





CAPA DO LIVRO PERTENCENTE A TRILOGIA 
 - CONTOS - POEMAS E CRÔNICAS -
NO QUAL CONSTAM TRÊS CONTOS DESTE AUTOR: 
MAURO MARTINS SANTOS.
PUBLICAÇÃO EDITORA: APMC 
ANA PAULA MORAES CORDEIRO (EDITORA)
São Paulo - SP



PROJETO DE CAPA 
PARA O LIVRO 
" ESTELA FLORA E A FLORESTA ENCANTADA"
DE 
MAURO MARTINS SANTOS
PELA EDITORA 
APMC 
ANA MORAES
São Paulo-SP

                                                                  ///.s@//t0s
ESTELA FLORA 
E A FLORESTA ENCANTADA 



CAPA DA ANTOLOGIA LITERÁRIA
A QUE FAÇO PARTE COM TRÊS CONTOS




ESTA PUBLICAÇÃO VISA HOMENAGEAR 
TODAS AS MÃES,TANTO AQUELAS QUE 
LHES DERAM AS VIDAS  POR GESTAÇÃO,
QUANTO  AQUELAS QUE MESMO NÃO 
BIOLÓGICAS DEDICARAM SUAS VIDAS 
PARA AMAREM SEUS FILHOS.

FAÇO PARTE COM UM CONTO
(Nasce Um Bebê, Nasce Uma Mamãe)

EDITORA APMC - ANA MORAES
São Paulo - SP