sexta-feira, 27 de março de 2015

AOS CONTADORES DE HISTÓRIAS


No dia do Contador de histórias quero fazer uma revelação; é algo assim de assustar, de emocionar, de dar vida às palavras que estavam adormecidas no sótão dos nossos pensamentos e somente quem é inteligente compreenderá: Conto histórias em poesia, sim, porque a poesia toca profundamente a todos que se deixam tocar, que permitem que a vida simples seja transformada pelos bons sentimentos trazidos à Luz da compreensão. A poesia transforma, forma, e isso poucas pessoas compreendem. Penso, talvez não tenha sido escrito ainda o soneto desta minha amorosa maiêutica (meus partos de ideias), no entanto, minha experiência me diz que o Contador de Histórias precisa entregar-se às histórias, viver as mesmas e inventar novas...
Ah O Contador de Histórias esse criador de onomatopeias, que escreve para os jardins, milharais, para cebolas, para os carteiros, céus, mares e infinito; quer tornar dizível que a poesia ajuda a educar a sensibilidade de ler para dentro, para a alma da humanidade e do mundo. Que os produtos e as produções de cultura não mofem nas prateleiras da vida, que os corações se abram e se deixem tocar pela poesia, pela história e que as mesmas consigam sobreviver nesse mundo capitalista e selvagem em que vivemos. Muito obrigada pela leitura.

Fátima Fílon (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Ao meu jeito: Desenhos

Ao meu jeito: Desenhos: ÓBIDOS VI  | Desenho a lápis de carvão | 20x32 cm |  Col.Particular Coelho  | Desenho a lápis de cor | 17x24 cm | 2012 |  Dis...

Reunião de março de 2015 da AGL

No último sábado, dia 21 de março de 2015, aconteceu o tradicional encontro literário dos membros da Academia Guaçuana de Letras. O evento foi marcado pela participação do Acadêmico Luís Henrique Rocha Campos, que leu a reflexão sobre a morte feita por Santo Agostinho. Ele também informou a todos que está preparando um livro em homenagem ao seu filho Guilherme. A Acadêmica Maria Ignez Pereira fez leitura de artigo político, atualizando toda a Academia sobre a atual situação vivenciada no nosso país. 

O Acadêmico Mauro Martins trouxe poesia de Fernando Pessoa e texto de sua autoria. Diamantino Gaspar, por sua vez, apresentou fatos e curiosidades do passado da nossa cidade Mogi Guaçu. Os demais Acadêmicos sugeriram a criação de evento em homenagem aos Acadêmicos falecidos. Foi proposta a criação da "Medalha José Maria Duprat". A reunião se encerrou as 17h com a degustação dos doces trazidos pela Acadêmica Fátima Fílon. 

O confrade Cícero Alvernaz, além de ler um poema de sua autoria, registrou algumas imagens:

Os Acadêmicos presentes 

Mauro Martins declamando

Maria Ignez lendo artigo de jornal

Luís Henrique lendo Santo Agostinho

Cícero Alvernaz e o seu poema

Fica o registro e a lembrança.

sexta-feira, 20 de março de 2015

PAÍS SEM OPOSIÇÃO É DITADURA - MARCEL VAN HATTEM

Outono



Hoje, marca no calendário o início do outono. Uma estação pouco conhecida e pouco comentada, mas que tem como marca a colheita dos frutos e a mudança repentina na Natureza. Época em que caem as folhas das árvores e o cenário muda deixando no ar um aspecto de melancolia. Por esta razão, poeticamente, se diz que o outono é como a velhice - o outono da vida. O bom observador vê o invisível e capta o "incrível" encontrando nuances e detalhes nos meandros da Natureza. Em função disto, pensa, vê e descobre belezas que a grande maioria não vê nem imagina. O outono chegou, não só no calendário, mas também no dia a dia e pode ser visto e tocado no encontro diário com a Natureza.

Cícero Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

terça-feira, 10 de março de 2015

MESTRE POR EXCELÊNCIA


Jesus caminhou por esta terra,
Conheceu pessoas e com elas falou.
Sentou e chorou, depois se levantou,
A muitos ele ouviu e abraçou
Demonstrando seu amor e seu perdão.
Jesus caminhou e se cansou,
Seus pés foram feridos nas estradas
Por pedras e espinhos nas jornadas.
Atravessou desertos, percorreu cidades,
Falou com pessoas de todas as idades,
Abençoou crianças e idosos,
Curou cegos, coxos e leprosos,
Com o mesmo amor, a mesma intensidade.
A ninguém rejeitou, mas a todos atendeu,
No momento crucial multiplicou o pão,
A cada um Ele estendeu a sua mão
Como se fosse um filho, um amigo, um irmão...
Jesus caminhou por esta terra,
Foi amado, querido e adorado,
Mas também foi por muitos odiado,
Mas a estes perdoou.
Ele só fazia caridade, só fazia o bem,
Na Galileia, em Samaria, Cafarnaum e Belém,
Seguindo sempre rumo a Jerusalém
Onde seria preso, cuspido e açoitado,
E depois, por fim, crucificado.
Jesus caminhou por esta terra,
Venceu o mal, a tirania e a guerra,
Pregou e viveu a paz.
Amou e defendeu as multidões,
Depois foi morto entre dois ladrões,
Mas deixou o seu exemplo a todos nós.
E hoje ainda vemos o fruto deste amor
Colhido e repartido com carinho e muita dor.
A Ele dedicamos amor e reverência,
Pois Ele foi um mestre por excelência
Que nos ensinou a tudo repartir.
Devemos, portanto, a Ele seguir
E imitá-lo sempre em nossa convivência.

Cícero Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

terça-feira, 3 de março de 2015

Por que os poetas sofrem?

 Os poetas transmitem alegria
mas, carregam dentro de si tristezas.
São seres que transmitem luz
e que, às vezes, enxergam densas trevas.


 Os poetas que declamam para a alma,
de quando em quando ficam com a alma abatida,
cheio de dores, medos, interrogações...
Porém, caminham mesmo com a vida ferida.


Por que os poetas sofrem?
Não sei... Talvez sofram por serem gente.
Gente igual à gente, gente que sente.


Eu pensava que os poetas eram deuses,
todavia não são. São pessoas normais!
Gente de carne e osso, mais carne do que osso!
Poetas são seres humanos, com problemas reais.

Luís José Braga Júnior