terça-feira, 26 de maio de 2015

Reunião da AGL de maio de 2015

23 de maio de 2015 foi o dia do encontro mensal dos membros da Academia Guaçuana de Letras. A reunião foi marcada pela apresentação do novo Acadêmico Pedro e pelas tradicionais leituras de poesias e texto dos demais Acadêmicos. 

O Acadêmico Mauro Martins fez comentário sobre a editora que publicará os seus trabalhos. Por fim indicou os serviços aos demais membros da Academia Guaçuana de Letras. Cícero Alvernaz leu texto de sua autoria que fala sobre a atual situação das escolas no Brasil.  A Acadêmica Maria Ignez se emocionou ao ler um texto sobre a situação dos hospitais e da desvalorização da vida. O novo Acadêmico Pedro mostrou o seu conto baseado na mitologia grega e Mayra Fernandes o seu livro voltado ao público infantil. Diamantino Gaspar invocou o estatuto da AGL para ponderar algumas questões e a reunião terminou as 17 hs.

Veja algumas fotos:
Os Acadêmicos na "Oração Inicial"


Cícero Alvernaz em sua leitura

Bem-vindo, Pedro!


A Oração Final

Fica o registro.   

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O DESCASADO ALOPRADO


Um homem, uma mulher

Num universo sem fim...

Ele só, ela sozinha,

Entre os dois somente o sim.


Dum encontro tão fortuito 
"Eu quero, eu também quero"
E na dança se abraçaram,
No compasso de um bolero...

"Besa me, besa me mucho"...
Os passos se acertaram...
Ao pé do ouvido o sussurro
E não mais se separaram...

Ah! O delírio do amor!
Beijos, abraços, suspiros!
No rosto aquele calor...
Sede de sangue, vampiros...

E se mordem em gestos lúbricos...
Ele nela, ela nele...
Deixando manchas no corpo
E marcas por toda a pele...

Ele corre pro trabalho,
Ela cuida dos dois filhos.
E a família segue em frente
Como o trem por sobre os trilhos...

Mas há sempre um acidente:
O trem também descarrilha. 
Porém, se o trem tem conserto,
Não tem conserto a família...

Do casal nasceram quatro
Que a mãe gerou no seu seio, 
Mas Deus levou os do meio,
Sem dar tempo pro retrato...

Apesar disso, beleza!
Mas a família é um gueto
Fechado como um soneto
Em que não entra a destreza...

Quem não entra fica fora...
E de fora o mal sobeja...
Pra desmanchar a família,
O vilão tem de bandeja...

Tem de sobra o desgraçado,
Pessoa feita de peste,
Podre por dentro e por fora,
O leproso cafajeste...

E o demônio que não dorme
Fica aceso e acende a tocha...
Joga pro lixo a família
(Flor do ódio desabrocha)...

Hoje ele só, ela só...
Muito pior que o começo,
Pois agora metem dó, 
A vida foi um tropeço...

O encontro, desencontro
Gera inimigos mortais...
Quem dera fosse alegria
A constante dos casais...

Mas não. Sobra tristeza,
Depressão, falta de rumo,
Tal como parede torta
Que se ergueu fora do prumo...

Pior, porém, se os dois
Ficassem juntos sozinhos
Azedos feijão com arroz,
Escândalos para os vizinhos...

João Victor Rossi (Membro da Academia Guaçuana de Letras)        
    

terça-feira, 19 de maio de 2015

AS DOZE FACES DO ANO


No raiar do ano,
Sonhos e planos iniciam os passos,
A esperança avança pedindo espaço,
Este é JANEIRO.

Vem FEVEREIRO com as folias,
Tem menos dias, precede MARÇO.

As chuvas caem, o verão se vai, chega outono.
Começa ABRIL nasce o Brasil e o abandono.

Mães e Marias têm seus dias comemorados.
MAIO se finda, e dá boas vindas aos namorados.

Fogos, fogueiras,
Tem brincadeira,
Festa Junina, e JUNHO termina.

A estação do inverno é iniciada,
Árvores despidas folhas caídas pelas calçadas.
JULHO se despede para o AGOSTO que cede
suas noites menos geladas.

Aos pais a paz,
No céu fumaça,
E a brisa passa mais apressada.

Plantas se ajeiram,
De flores se enfeitam
É primavera
Se vai SETEMBRO.

OUTUBRO espera com confiança,
Tem as crianças e a padroeira.

Em NOVEMBRO tem nostalgia,
Celebra o dia,
Das despedidas, de quem a vida outrora perdera.

Já é crepúsculo,
O mês maiúsculo especial,
DEZEMBRO é luz
Nasce Jesus, é Natal.

Nas vidas e idas, chegadas e partidas,
Chegam as lembranças e a esperança, asas soltas,
E o ano se encerra, pois de novo,

A TERRA NO SOL DEU A VOLTA!!!

Ubaldino José dos Santos (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

    

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Introductory Book Sculpture Lesson

As Cortinas do Tempo: Book folding Art - Origami Sculpture

As Cortinas do Tempo: Book folding Art - Origami Sculpture

VIVER A VIDA


Viver a vida é deixar transparecer a alma
e se banhar no manancial de ternura que
nela existe.
Fortalecer-se
E depois travar a luta contra o dessabor
e compartilhar com o irmão suas agruras.
Amar a Natureza, sentir sua beleza,
que ainda resiste em sua exuberância 
violada.
Sim, sempre existirá um sol,
uma chuva que faz brotar a semente,
um sorriso,
uma flor,
um entardecer,
uma noite cálida enluarada.
Não estamos desprovidos.
Ainda é tempo de despertar...
de amar,...
de corrigir,...
a insana mesquinhez de se doar.

Maria Aparecida Fernandes Ramos (Membro da Academia Guaçuana de Letras)  

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Poema e reflexão - Luís Henrique


Sorri-se e alegria não vem.
Cada pedra na estrada faz perder-se.
O melhor da insônia é a intimidade com a madrugada.
Se não sei o destino, faço eu parábolas.
Das mentiras inventadas, só eu sei contá-las.



Da tônica cruel de não importar-se, não se resvale da ideia que isso está dentro da normalidade - Não é por piedade que se ostentam orações - senão pelo apreço do bem.


Luís Henrique Rocha Campos (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

VISITA


Visita é gente esperada,
porém, sempre incomoda
quando chega e quando vai.
Incomoda quando fica muito tempo,
se intromete e complica,
incomoda quando chega e quando fica,
mas apesar da bagunça gerada
ela é sempre esperada.

Visita é sempre esperada
seja de longe ou de perto,
quando traz a criançada
deixa a gente atordoada,
precisamos ficar espertos.
Muita gente não se toca,
já chega fazendo fofoca
e os "podres" são descobertos.

Visita dá muito trabalho,
desarruma toda a casa,
muita coisa vai pro chão.
Vem a sogra, o cachorro,
os filhos pedem socorro,
mas quem irá socorrer?
Visita é gente esquisita
que fala alto e grita,
vai pra sala, se instala,
e muita gente se irrita.

Cícero Alvernaz, 07-04-2015 (Membro da Academia Guaçuana de Letras.