sábado, 30 de janeiro de 2016

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

As Cortinas do Tempo: RASTROS QUE O TEMPO FAZ

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

CARNAVAL

Carnaval é pra vê
ou pra comê?
Festa indigesta
que muita gente detesta,
cheia de plumas e paetês,
de confetes, serpentinas,
e muito bundalelê.

Carnaval é pra vê
ou pra bebê?
Festa que se espalha
que abraça, agasalha,
cheia de tanta muvuca,
verdadeira arapuca
que quer a gente prendê.

Carnaval é pra vê
ou pra esquecê?
Festa que tem de tudo,
tem careca, cabeludo,
tem falador e tem mudo,
mas que tem, sobretudo,
mula sem cabeça e saci pererê.

Cícero Alvernaz (autor) 27-01-2016.

UMA NAÇÃO DESILUDIDA









Joelma Bárbara  sentindo-me muito decepcionada... 4h

Após a leitura do texto abaixo em Estocolmo, Suécia.



___________________________
*Uma intervenção e interação literária deste administrador do Blog.

AMIGA...

UMA NAÇÃO DESILUDIDA
(Um desgoverno sempre muda um povo para pior) 
Precisamos sentir juntamente como nossos amigos(as) de clara inteligência - essa santa consternação e revolta. Por que o anormal, o inusitado, não é o que ocorre na Suécia, Suiça, Alemanha, Noruega, Finlândia e outros até mais próximos, quanto ao elevado índice MORAL. O anormal, a absurdamente exagerada FALTA DE PRINCÍPIOS MORAIS, E CIVILIDADE, independente do grau de instrução, posses materiais e gêneros sexuais e etnias é decorrente de CIMA PARA BAIXO, e a conequênte deseducação e violência galopante nesse nosso país chamado Brasil.



* Todos nós somos  tristes... por ver em nossa frente
assaltada e vilipendiada pela grangrena da corrupção, horrivelmente espalhados os ossos secos qual semente
tórrida ao sol, comidos por aves de rapina - a educação,
Eles a regurgitam  e é o que sobra oferecer à sua gente.

Apenas com muita ajuda de Deus, possa  nossa futura geração - de nossos bisnetos, com divina intercessão,
dileta amiga Joelma, meiga inteligência de amizade pura
possam intervir em favor desta triste pátria de desilusão. 

Ao constatar o citado fato, temos pena de nós mesmos 
por termos que suportar - a morte paga com impostos
e mostrar para todo mundo nossa  vergonha e desgosto,
Mas há cérebros a pensar e por certo não andam àesmo. 

"Pensam que o mundo desconhece esta terra arrrasada, Não há mídia, internet; imediatas e agéis comunicações, 
Ou que nesta fronteira estão extintos quem vê e pensa,
Sendo assim brilha-nos a certeza deles serem um NADA!" 



Há alguns anos, entrei numa estação de metrô em Estocolmo, a tão civilizada capital da tão primeiro-mundista Suécia, e notei que havia entre muitas catracas comuns uma de passagem livre. Questionei a vendedora de bilhetes o porquê daquela catraca permanentemente liberada, sem nenhum segurança por perto, e ela me explicou que era destinada às pessoas que por qualquer motivo não tivessem dinheiro para a passagem. Minha mente incrédula e cheia de jeitinhos brasileiros não conteve a pergunta óbvia (para nós!): e se a pessoa tiver dinheiro mas simplesmente quiser burlar a lei?

Aqueles olhos suecos e azuis se espremeram num sorriso
de pureza constrangedora – Mas por que ela faria isso?,
me perguntou. Não lhe respondi. Comprei o bilhete, passei
pela catraca e atrás de mim uma multidão que também
havia pago por seus bilhetes. A catraca livre continuava
vazia, tão vazia quanto minha alma brasileira – e envergonhada.


(Décio Tadeu Orlandi, bacharel em Letras pela USP e mestre
em Literatura pela UFG.)

Quem faz um país é o povo!!!!!!



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

CONVITE - TARDE DE AUTÓGRAFOS - MAURO MARTINS SANTOS




                                                 CONVITE

-TARDE DE AUTÓGRAFOS -

COM MUITA HONRA
CONVIDO TODOS OS AMIGOS PARA ESTE EVENTO  
LOCAL:
Salão Social do Edifício Maranata,
Av. Synésio Ramos, 719 - Jardim Camargo
Moji Guaçu-SP

 INFORMAÇÕES PORTARIA:  F:- (19) 38 918455
HORAS: *17:OOH   DATA23/01/2016


SERÃO MUITO BEM VINDOS
AGRADEÇO A PRESENÇA DE TODOS 

Editora
APMC- Ana Moraes
São Paulo-SP

Contatos: santos.mauro@yahoo.com.br
               Fones: (19) 38 615205; 99159993 - Jonathan; 991791478 - Jôse 



*PS - Por solicitação de amigos, prolatei o horário de inicio da Tarde de Autógrafos, das 16;00 para as 17;00hs, para acomodar melhor os deslocamentos. 

MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO E OS AGUARDO COM HONRA E ALEGRIA. 
 
 Obs: Comemoramos eu e a esposa (na mesma data 23/01/2016)  nosso aniversário natalício.











sexta-feira, 15 de janeiro de 2016




QUANDO AS JOVENS SE ORNAVAM DE FLORES

Nos momentos mais suaves dos marcados caminhos do espírito, no silêncio de paz que envolve meus longos momentos restritos, surge-me um vulto de brilho, 
com infinita graça esvoaçante, sutil e delicada, envolta em 
esfuziantes véus, pétalas de rosas e dálias de um jardim de amores 
que conheci e me foi tão amado há tempos infinitos... 
Séculos passados. 
Quando as jovens se ornavam de flores...

A beleza poética se acomoda nos recônditos da alma que se faz pura, convida todas as letras e instrumentos musicais para compor um coral de luzes, cores e sons. 
Aves que revoam, são de grande envergadura, se unem aos Anjos, 
que produzem num ruflar de asas um canto vesperal.

Seu brilho rutilante se junta aos demais nesta visão vermelho-púrpura. A paisagem se funde em nuvens panorâmicas - nesgas de rendas e lãs, muito brancas, ora aqui ou ali poucamente acinzentadas, ora laranjas, róseas ou lilases. Lá ao longe, bem ao fundo do longe, uma pincelada de púrpura se avoluma lentamente. Vêm planando ornadas de prata, ouro e ametistas.

O que dizem ser sonho, digo a mim mesmo: - É a Paz! 
Nada é utópico ou intangível quando um ser quer assim! 
Quando a alma se assenta em harmonia com o silêncio, no recato de seu canto, sua rede, aos pés seu cãozinho amarelo vira-lata, de nome Tambor. 
Há brisa, há plantas e flores no pátio do quintal. Há realidade me cercando... mas meu sonho me pertence, eu o faço porque o quero, porque é bom sonhar - porque a vida é boa é bonita, e me pertence. E vou despetalando os dias como se desprende as pétalas da flor do malmequer.

Se o domínio da introspectiva vontade é de meu zelo, minha é esta alma, 
que a quero sempre comigo, e estes meus sonhos de doce acalanto; estes meus sonhos encantados, força da inspirada visão que me embala e me acalma.
  
É maravilhoso ser senhor deste Bem que sempre quero como um manto, esta preciosa emoção de Amor a me embalar mansamente - que espero tanto. 
A recorrente visão etérea da razão: sonho e esperança que calam meu pranto.




quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

NÃO TENHO NADA CONTRA

Hoje, a maioria das pessoas,
 para não serem taxadas de preconceituosas
 e outros clichês usados
 em nome do "politicamente correto",
 usam a frase: não tenho nada contra.
 Ou seja, as pessoas já se previnem
 contra algum mal entendido.

 Hoje, grande parte da criatividade
 é tolhida pelo "policiamento"
 denominado, eufemisticamente,
 de politicamente correto.
 Em outras palavras, todos correm
 o risco de serem pegos
 pela malha fina da censura.

 Mas o que significa "não tenho nada contra?".
 Se não tem nada contra, obviamente tem "tudo a favor"
 ou é a favor de tudo.
 E como fica a opinião pessoal?
 Aos poucos, a sociedade está criando robôs, tipo:
liga um botão e ele faz tal coisa, liga outro...
 Ninguém pode discordar de mais nada.

 Quem ousar discordar
 fatalmente será taxado de preconceituoso,
 intolerante e por aí vai.
 Eu vou mais longe:
 onde fica o ser humano pensante nesta história?
 Voltamos àquele tempo em que se cantava
 em alto e bom som: é proibido proibir.

 Hoje está proibido discordar e, principalmente,
 criticar certos comportamentos
 claramente danosos á família e à sociedade.
 Que Deus se compadeça de nós!

Autor: Cícero Alvernaz, 20-11-2015.

sábado, 9 de janeiro de 2016




POVOAR DE MOTIVOS NOSSA SOLIDÃO
-Ensaio -
Quem não souber povoar a sua solidão,
também não conseguirá isolar-se entre a gente.
[Charles Baudelaire]


Mauro Martins Santos

Nas voltas que a vida dá sempre de longo ou breve nos visitará a Solidão na pousada da alma. Ali pernoitará, passará dias morando conosco, indo bem cedinho nos fazer companhia no café da manhã. Irá fielmente enrodilhada em nossa cintura, cabeça em nossos ombros para deitar-se conosco. Não fará amor, afinal seu papel é nos açular até às raias das lágrimas ou desespero - esses são seu alimento e vigor. Sombra invisível aos que nos circundam neste palco. Estrela de primeira grandeza nas cenas da película: “O Vazio Existencial”.

Esse vazio, da existência, transcende o próprio coração na busca de um significado à vida; surge um outro vazio do Tempo que se faz sentir : - como um captador de imagens mentais - na mitigação de algo que lampeja importante. Sorrimos como se aflorássemos  para respirar à superfície, induzimo-nos a pensar que temos não a solidão mas sim a Liberdade. Aí vemos que a liberdade é uma descoberta solitária e por isso quem a experimentou por tempo que o senso comum reprovou - remetendo- a para dizer, que o tempo vital é finito e breve, então tenta-se evitá-la. Neste entendimento a Solidão passa a ser o sepulcro literal da Liberdade.
solitude pode ao querer-se solitário, transformar-se em revigor ao corpo e alma. É uma busca do silêncio, que só o afastamento social por vezes nos dá. A virtude das ações passionais reside na parcimônia e na previsão de um limite para atingir nossa busca da felicidade. Ingressarmos na solidão irrefletida ou inopinada recai em penitenciar-se, impor-se a impensadas macerações.
A solidão [não a soledade ou solitude adrede refletida] é um “estar em sentimento” que gera sombria angústia. Vai nos colocar nas escadarias que se perdem em brumas de um mundo interior, onde o portal só se abrirá com a aquisição do real sentido do mundo. A difícil resposta frente às indagações, os porquês das materialidades, não encontramos em situações emotivas convulsas.
O caso da Solidão poder ser uma experiência transcendental que recai inevitavelmente em outro campo: o da Fé.
Os santos, destacados do lugar comum desde a alta Idade Média pela Igreja, foram supliciados ou se supliciaram impingidos à dor, ao sofrimento, à solidão e à morte. A solidão, assim como a doença, o autoflagelo, o sofrimento, a miséria voluntária eram (ou são) entendidos como um caminho enaltecido para uma vida superior à terrena. Carece ter-se a coragem ou o extase alienante de ingressar nesse tipo de solidão, ter a intenção, acreditar que se vai aprender com ela, e se for rejeitá-la procurar apenas e tão somente a Soledade ou Solitude [ambas do léxico português e sua semântica] que é o nosso afastamento temporário da sociedade. E ainda quando isso ocorre os “solitários” tem um tempo mais ou menos fixado, e não dispensam - via de regra - o conforto dos aparelhos eletrônicos e de comunicação. Claro, não serão  eremitas, apenas reclusos para meditação, atividades intelectuais ou de fé.

A solidão como ato humano surge-nos como um antídoto aos nossos defeitos, tentativa de esquecimento das misérias sociais humanas. Na reclusão podemos até reverter atos e processos mentais danosos. Sempre ao entorno de nossa “cela” pululam a vida natural, os sons agradáveis, o revoar de pássaros, o rumor de cascatas e riachos. Se isso nos agrada, vamos paulatinamente nos reabastecendo de paz. Até o limite de isolamento imposto por nossa mente, senhora de nossa vontade. Ir além é fugir da realidade como se não existissem doenças, e todos os males deixassem de existir.
Há pessoas que fazem de tudo para evitar falar sobre a solidão, por razão dela ser a sua própria doença, que lhes trazem à lembrança a fuga de todas as misérias humanas que lhes foram impingidas e sofridas. No fundo, é apenas uma tentativa de se evitar o contato com a realidade, uma autodefesa.
O que é solidão enfim? No léxico encontremos a sinonímia oriunda do latim [solitudo, solitudinis] 1. Estado de quem se encontra só; em abandono, retirado do mundo, em estado de isolamento. - 2. Ermo sem viva alma; despovoado; sítio nunca frequentado por pessoas. - 3. Isolamento moral, sentimental ; internalização, aleatoriedade, interiorização. Creem estudiosos comportamentais do ramo da Psicologia, que estar só é a condição original de todo ser humano.
Pelo vernáculo, solipsismo -  uma concepção terminológica de origem latina, onde segundo a qual, a individualidade do Ego o Eu, do qual temos consciência, com suas modificações subjetivas, constitui-nos a única realidade existente de que temos certeza. Em um emprego menos abstrato, podemos significá-la como a própria vida ou hábito de quem opta pela vivente solidão. Vez que cada um de nós [Ego ou Eu] é único no mundo; a Criação não nos faz em série. O nascimento é o original lançamento de cada indivíduo à sua primeira visão exclusiva do mundo e das coisas que o cercam. Podemos nos confrontar com isso ao vermos o assombro de uma criança mediante as cores, os movimentos a diversificação das coisas e animais. São arrebatadas, impactadas com a animação da inusitada natureza.
No entanto, somos ímpares quando nos revestimos de solidão. A priori sacamos o termoLiberdade e julgamos possuir o sentimento de liberdade ou de soltura das amarras da dinâmica social que nos aprisiona. Esse sentimento dela decorrente,  depende ainda de qual modo nossa cultura e sistema familiar  visualiza e conceitua essa liberdade. Qual seja a maneira ou sistema, iremos remontar à origem de nossa existência. Desta forma diversa, o homem assimila o seu conceito de liberdade.
Tornamo-nos mais autênticos à medida pela qual aceitamos a solidão. Aceitando cada preço pago, se julgarmos que assim estamos conquistando nossa liberdade de tudo poder. Ao invés se encarar a solidão um abandono, um castigo, uma sobrecarga de desdém Divinos, rechaçando toda a crença ou fé de ancestralidade milenar em relação a Ele, acabaremos descrentes de nós mesmos e de nossa própria existência formativa.
solidão mal vislumbrada, mal compreendida, mal vivida, mal delimitada, vai nos alienar da vida - do animus vivendi - vamos nos tornar fisicamente relapsos com a aparência, a higiene, a vestimenta, os horários. Abandonaremos qualquer método que controla o relógio biológico. Acabaremos nos transformando em outro ser o qual não conhecíamos.
Esse choque causará um acidente psicológico, um diálogo antes mental é agora verbal, de “si para si”. Pior, haverá um árbitro de censura que nos causará assombro e horror. Nosso sentido auditivo visto a estranheza, estará ouvindo a nós mesmos e colocando-se a serviço dos outros sentidos e diluindo-se na confusão da  impessoalidade. Aquele que se isola sem preparação do que quer e por quanto tempo irá permanecer na solidão, pode passar na vida sendo um coadjuvante de si mesmo.
Se tivermos em nossa frente uma tela em branco, o verdadeiro artista será entre nós aquele que mais perfeitamente retratará a obra temática de sua vida, as imagens principais, os detalhes, a profundidade em perspectiva, o azulado dos montes mais distantes, o verdor e detalhamento das cores dos primeiros planos o afunilamento da estrada e caminhos, a luz e sombra o esfumato, etc. Enfim, o conjunto da obra remete o expectador a um desiderato de beleza e tradução da clareza temática. O artífice da obra , tentará ser o Da Vinci, o Rafael, o Michelangelo de sua vida, e estará sempre em constante construção.
Quando, porém ao ficarmos em [soledade ou solitude = sozinho/só] por nossa  tranquila vontade, não por ditames das paixões impetuosas, será um reflexo humano racional -  no sentido de ninguém interferir naquilo que queremos e precisamos meditar - surge um salutar “diálogo” entre o Eu interno e os vetores sensoriais externos - a lógica vital com força de oração, revigor da alma e do espírito que reflete e percorre toda nossa construção anatômica. Nesta saudável Solidão, há um manancial de Paz, Harmonia e Amor, que maravilhosamente só podemos encontrar dentro de nós mesmos.
O que é a Oração solitária, senão tudo isto na busca da usina de energia existente dentro de nós!?