segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES


A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
Aberta pós morte.

Sou grato pela minha vida.
Não terei últimas palavras a dizer.
As que tinha para dizer, disse durante a minha vida.
Recebi Muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. 
Plantei árvores, fiz jardins. 
Construí fontes, escrevi livros. 
Tive filhos, viajei, experimentei a beleza, 
lutei pelos meus sonhos. 
Que mais pode um homem desejar? 
Procurei fazer aquilo que meu coração pedia.
Não tenho medo da morte, embora tenha medo do morrer.
O morrer pode ser doloroso e humilhante, 
mas à morte eis uma pergunta: 
- Voltarei para o lugar onde estive sempre, 
antes de nascer, 
antes do Big Bang ou (COMEÇO DO UNIVERSO)?
Durante esses bilhões de anos, 
não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse.
“Voltarei para lá até nascer de novo.”



domingo, 18 de fevereiro de 2018

NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO


O Amor é um sentimento nobre demais para se vivê-lo mendigando.



NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO

O título pode parecer díspar frente ao que vai ler, mas à medida da leitura do assunto, ele se encaixa.

O Amor entre um casal é na verdade pouco falado como se deve. Ou é colocado quase sempre sobre os trilhos da teologia, dos aconselhamentos vestidos de autoajuda, ou tecnicamente pela psicologia-social e outras áreas se o caso for específico. Na grande razão só deveria vir de forma natural, como o verdadeiro sentimento que é - da composição do ser humano e sua atração pela outra pessoa.

À medida que o casal precisa de constante... repito - constante  intervenção externa nos moldes citados, mais inclusive o policial e seus desdobramentos para o jurídico, começamos a pensar no que o título deste ensaio tem a nos dizer.

A História tem fatos reais e romances às centenas - sobre uniões baseadas nos interesses financeiros, nobiliárquicos ou políticos, onde um dos cônjuges - normalmente eram as mulheres que mais sofriam - passavam a ser somente um objeto sexual, uma serviçal e 'boa' parideira. Que, aliás, a sequência maternal em série, era para mantê-las confinadas aos filhos - para os homens de posses, terem tempo livre para seu harém espalhado pela cidade e vizinhanças, ou nos lupanares. Houve casos, não poucos, de internações de mulheres sadias como loucas, por maridos fazendeiros ricos, para livrar-se delas no famigerado hospital do “holocausto brasileiro” de Barbacena-MG [De 1903 a 1980, mais de 60 mil pessoas morreram no Hospital Colônia, e boa produção de cadáveres eram vendidos para faculdades de medicina. Tal manicômio desativado na década de 80 era localizado na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. - *Leia mais em http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/chocante-documentario-conta-historia-do-hospicio-mais-cruel-do-brasil--13240?cpid=txt.

De volta ao fluxo do relato principal: já os pobres tinham muitos filhos pelo contrário dos ricos, por não terem dinheiro para os lupanares e orgias. Não obstante, obtinham a domicílio mesmo, muitas mãos de obras, comuns desde as crianças a partir dos seis anos de idade, em qualquer serviço.

Hoje estes fatos não são mais segredo para ninguém. Até o nosso rei ou Príncipe Regente Dom Pedro I, teve seus casos de lazer sensual nos lupanares e com diversas bailarinas francesas, com pelo menos duas teve filhos, e se envolveu por mais tempo com Domitila de Castro Canto e Melo - que elevou a Marquesa de Santos - também não lhe sendo fiel, pois teve um filho com a sua “lugar- cunhada”, irmã de sua amante Domitila, a qual morava no Rio de Janeiro. E, existiram outros casos de Sua Majestade Dom Pedro de Orleans e Bragança. - Se já houvesse a ‘Jovem Guarda’ ás tardes de domingo, Sua Majestade cantaria com Erasmo Carlos: “Eu sou Terrível”.

Hoje felizmente apesar de uns pesares há uma maior liberação e algum apoio maior às mulheres. E há em curso várias reivindicações de iniciativa delas e de parlamentares.

Quando me formei em Ciências Jurídicas e Sociais, nos anos 80, não havia a Delegacia da Mulher, nem a Lei Maria da Penha, que de forma inconteste foi um avanço no reforço à defesa da mulher, além de juridicamente no Código Penal e Processo Penal, artigos que tratavam da "honra do marido traído" mesmo nos casos de homicídio, também no Código Civil e seu diploma regulamentador o CPC. O capítulo, parágrafos e artigos que tratam da família (Direito de Família); *as separações: pós-divórcio (antes não contemplados pelo desquite) e direitos da mulher cônjuge ou companheira que convivam maritalmente sobe o mesmo teto, teve modificações, que recaem a bem da mulher, e outras edificações jurídicas.

Neste contexto, ao Amor não cabe imposição, interesses familiares ou grupais. Não cabe mais construir metáforas romanescas, o sofrer por sofrer de amor... como nos contos de fadas em que do interior da Fera sempre houvera esperança de ressurgir um príncipe para a Bela retratar sua saga em lindos acalantos. Se assim fora, maravilha! Mas quando comprovadamente a Fera for realmente 'fera' - não há alternativa se não sair desse relacionamento escravagista, repleto de pancadaria, infidelidade e desamor, onde a mulher é mais objeto do que um traste jogado no sótão. Mas nunca se esquecendo, sem falso puritanismo, de que também de própria e livre iniciativa da mulher se faz objeto sexual de forma sórdida e extremamente passiva; se vende e se escraviza à devastadora pornografia e se doa a outro ser humano por diversas razões... Vejam-se os ‘programas’ pelas  avenidas, ruas e becos ‘de amargura’, filmes, vídeos além dos programas televisivos levados para o interior de nossas salas, beirando a raia de dejetos.


*
Só relembrando, uma personagem já citada - Domitila - conta a História, por exemplo, que ela recebia constantes espancamentos por Felício seu primeiro marido, do qual mesmo ela tendo sofrido tentativa de homicídio (hoje, não sei por que, se diz feminicídio) como se as mulheres não fossem da espécie humana; fossem Extras Terrestres. Mas, Domitila sofria de Felício  inúmeras agressões físicas - Felício era oficial mineiro do Corpo dos Dragões de Vila Rica . Tentou Felício se reconciliar com Domitila, dizendo-se regenerado; mas não; a bebida, a violência de caráter e o jogo de cartas o levaram a produzir duas facadas em Domitila uma na coxa, outra no abdômen, esta ficando meses entre a vida e a morte.

O inverso em menor número também é válido, sendo o mais constante a infidelidade conjugal ou adultério por causa de falha moral, quando não por outra causa.


Tudo se resume na falta de Amor de um para com outro, a falta de interesse no bem estar comum, somados ao desdém para com as necessidades biológicas naturais e emocionais do outro...
Quando é assim, com total falta de cumprimento das obrigações conjugais e sexuais, não têm solução; não têm remédio ou terapia de autoajuda que dê jeito. Quando as outras mulheres são melhores que a sua esposa, ou vice-versa, o casamento estará falido.



Eu sei que às vezes é difícil de aceitar um papo assim direto. Mas há a questão da dignidade ou amor pessoal (antigamente se falava em honra - lavar a honra), marcavam-se até duelos... hoje se mata com tiros ou facadas, pauladas, linchamentos...

Não importa mais a classe social. Quem mora em condomínio ou apartamentos em edifícios de vários andares, onde predominam ricos e classes médias altas; não são ‘pés-rapados’...  e noticiários atuais divulgam assassinatos passionais (contra  mulheres) nesses locais.

Não perca sua cabeça porque alguém não lhe corresponde ao amor que acha que é maior que da outra pessoa. Num dos casos o homem tinha 59 anos a mulher (e muito bonita) tinha 28. Ele espera mais o que da vida agora? Outra mulher a princípio, sabendo quem ele é, o que fez ou pode fazer, não vai  aceita-lo nem com vela amarela acesa.

Não somos nós que iremos traçar os caminhos. Estragando-se a travessia, vai ficar de difícil a impossível atingir o porto do destino. Meu pai em sua filosofia rude de sulista dizia: “Não ponha anel de ouro em focinho de porco. E... quem te despreza é porque nunca te amou”!

Estamos falando de Amor que comporta uma equivalência correspondente, como fossem dois pratos de uma balança nivelados em peso e valor. Como um nível cuja bolha estará perfeitamente encaixada no demarcador do relacionamento. Evitar os desvios e desníveis, sopesando a um mais e outro menos, onde este último vai sofrer lastimar e chorar.
Além do amor próprio que carregará consigo seja com quem for, deve estar certo que em questões humanas se ganha e também se perde. É o caso de saber quando e o motivo de pôr um fim num relacionamento. Sem rusgas, sem culpas, sem estresse.

Em nenhum momento podemos dizer que é fácil - também por isso foi dito 'saber terminar.' Livrar-se daquilo que é desamor: fábrica de lágrimas, tristezas, angústias e de infelicidade. Valorize-se, dê a você, todo o amor que não recebe. A outra pessoa não é nenhum ídolo, é de carne e osso - ou ‘carne de pescoço’ - como diziam os mais antigos; e faz todas as mesmas necessidades fisiológicas que você, igualitariamente, nada de ouro com perfumes de alfazema!
Transfira o amor que não recebe por bônus  de valor para você. E saia de cabeça erguida para encontrar um outro alguém; humano , na melhor acepção da palavra, digno de todo o Amor que tem para lhe dar.

Uma pessoa pode parecer absolutamente encantadora no começo, mas talvez logo você tenha que se perguntar para onde foi todo aquele encanto ainda em plena juventude... antigamente "aquele corpinho de violão" para a mulher - hoje se diz 'aquele corpão', barriga de tanquinho, etc. “Nem tudo que reluz é ouro”, para ser direto.

O amor verdadeiro é algo que vai além de [mesmo compreender as divergências] e amar as coincidências; que, aliás, é o que há de menos importância na composição da psicobiologia das pessoas. Um amor sincero e verdadeiro é se apaixonar pelas diferenças naturais, saber que um genética e fisiologicamente são seres humanos  de conformação diferentes  de origem diferente, e graças a Deus [na maioria quase absoluta] nem parentes somos - ‘todos’  somos possuidores de imensa diversidade, tanto quanto o número de células que nos compõe.

E com grande regularidade, ao conhecermos outro alguém, nos momentos iniciais de interação, formarmos a primeira impressão, impressão essa que é influenciada pelas atitudes e gestos, ou seja, comportamentos. Pesa nos primeiros contatos e encontros o conhecimento de como essa pessoa é, e se vai muito pela  aparência física que é o natural.

Ainda acontece de vir no ‘pacote’, a ilusão de que a aparência, aspectos físicos e comunicação corporal, dizem das características da personalidade humana, a compreensão da vida e tudo o mais que a formam.

Dou como exemplo - de homem que sou -  que a aparência física, o corpo de uma mulher, os traços de seu rosto, em suma sua beleza: seus cabelos [se forem da cor que aprecio, melhor sendo naturais], altura, postura, andar, como se veste... Aqui é importante dizer que a primeira impressão é a que fica...

Se quisermos conquistá-la para relacionamento sério, iremos detalhar sobre esse caso. Se nem pensarmos, sendo apenas uma ‘namoréte’ - [‘peguete’- este termo já era], pouco importa como ela está vestida ou ‘desvestida’, o que no último caso até se acham melhor.

Conforme a intensidade do impulso ou que almejam (ambos) obterem, a atratividade física vai estar no topo das preferências. Contudo levamos em conta também a propositura da visão do ‘belo’, “cada ponto de vista é uma visão de um ponto” - e quem ama o 'feio', bonito lhe parece.

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*Separações conjugais - Desquite/Divórcio - Pelo advento da Lei nº. 6.515 de 1977, que o substituiu primeiramente o “desquite” pelo vocábulo “separação”, admitindo, igualmente, a modalidade consensual (amigável) e contenciosa (litigiosa). O art. 24 da chamada Lei do Divórcio estabeleceu o primeiro diploma normativo acerca da matéria, assim dispondo: “O divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso”.





terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

ALÉM DOS ANOS

BOM FERIADÃO DE CARNAVAL


(C) Imagem - Maria Margarida Madruga - PEAPAZ.

Bom carnaval

Mauro Martins Santos

QUERIDO AMIGOS APRECIADORES DAS FOLIAS CARNAVALESCAS...

1. Se beber passe o volante a outra pessoa sóbria.
2.Todos podem e devem se divertir, mas com responsabilidade ainda maior nestas datas.
3. As estradas estão cada vez mais perigosas e com muitos motoristas dirigindo alcoolizados ou drogados.
4. Respeite ainda mais os limites impostos pela lei quanto à velocidade, ultrapassagens, distâncias de outro veículo adiante, sinalização em geral.
5. Em certos casos devagar também é pressa, ou quem tem pressa sai mais cedo, mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
6. Pensem em suas famílias, sobretudo nas crianças e os ditames da lei de trânsito quanto ao conduzi-las adequadamente.
7. Deem um tempo para as 'selfies', os arrastões de roubo a celulares e valores estão de forma acentuada quando as pessoas ficam mais vulneráveis e desatentas. 


8. Verifiquem todos os documentos principais, e deixem em casa  joias, objetos de ouro ou valor e não ostentem dinheiro em público. Zelem sem descuido de seus copos de bebida. Nestas datas aumentam as dopagens aleatórias ou de mulheres, chamadas de "Boa noite Cinderela".
9. Todo cuidado e 'caldo de galinha' não fazem mal a ninguém.
10. Este decálogo é apenas um modo deste amigo poder ser útil, nenhum 'terror'; uma confraternização à responsabilidade de cada um. Vão e Voltem bem de seus destinos.

FELIZ E DIVERTIDO FERIADÃO DE CARNAVAL

domingo, 11 de fevereiro de 2018

COISAS DO CARMO (Carmo de Minas)



QUEM NÃO ASSISTIR TÁ PERDENDO DE VER A VERDADEIRA MINEIRICE. ALÍ MESS, UM TIRINHO DE ESPINGARDA...

Moji Guaçu, há gerações foi se "amineirando", por ser boa anfitriã e por ser excelente vizinha.
Muitas cidades representam bem nossa querida Minas Gerais, umas pelas belezas naturais, outras pela comida (gastronomia fica meio "desamineirado") outras - quase sempre pelas duas coisas, e outras por três coisas. quatro coisas, cinco coisas... Mas é messs Uai!  Comida mineira nem se fala de boa, gostosa e bastante, um 'mundaréu' que dá gosto...Queijo,vinho, pãozinho de queijo, as águas, ar de incontáveis montanhas...e cachoeiras... Eita! Lambari, Caxambu, Cambuquira, São Lourenço... águas com gás saída diretamente da terra!!! E para tudo que é doença... EU QUEROO!

Pois bem, mas o vídeo é para mostrar que algumas pararam no tempo. No tempo bão! Do sossego. Na natural mineirice sem maquiagem, tão mineira que até dói... De saudades: CARMO DE MINAS-MG. O que ver? A verdadeira e legítima simplicidade: a mineirice das MINAS 'ABENÇOADAS' 'GERAIS.
Nota: Não sou mineiro, sou paulista nascido em Tatuí, mas devo ter nascido em outra era nas Minas Gerais...







































SOBRE UM GENTIL COMENTÁRIO...




Recebi do Amigo-confrade Stelo Queiroga do Recanto das letras - ao meu texto Língua Portuguesa, Tire suas Dúvidas - o gentilíssimo comentário abaixo poetizado. Pequenas coisas nos fazem valer a pena continuar estudando e escrevendo sempre; Obrigado Stelo, o teu coração que é brando e amigo...!

Sei que vou ter um bom dia... 

Quando aprendo ao despertar ... 
Daqui mando meu bom-dia... 
O teu mister é ensinar...

< S.Q.>

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O Segredo da Lancheira de Marcos Cunha


A magia de um tempo que se foi

O Segredo da Lancheira é o primeiro livro de Marcos Cunha, escritor e membro da Academia Guaçuana de Letras. Tal obra, voltada ao público infantil, tem os desenhos da talentosa Juliana Bueno e será lançada nos próximos dias em Mogi Guaçu/SP. A AGL teve acesso ao livro antes do seu lançamento e preparou a presente resenha. 

O livro infantil narra a aventura de Didi, um típico menino do interior do Estado de São Paulo dos anos 70 em um dia de aula. Tudo começa com o personagem saindo de sua casa para ir à escola, portando sua preciosa lancheira vermelha de tampa branca que, além de guardar o lanche preparado com muito carinho por sua mãe, guarda um segredo. Tudo corre bem sob o olhar atento da professora, mas quando os alunos saem para o recreio, Jessé, o companheiro "bagunceiro" de Didi apronta uma das suas. Ele vai até a classe vazia e mexe na lancheira de Didi, descobrindo o segredo até então guardado a sete chaves. 

Marcos Cunha consegue estabelecer uma conexão com as crianças de hoje, mesmo ambientando sua história em tempo remoto, pois os problemas abordados ainda são os mesmos. O emocional das crianças, a vergonha, a humilhação, temas tão presentes (infelizmente) no ambiente escolar. Deixar a casa dos pais para ganhar o mundo da escola nem sempre é uma tarefa fácil e a obra aborda justamente esta passagem. É preciso crescer...Entretanto, é pertinente reconhecer o seu espaço, o seu tempo e sua própria história. Aos mais saudosos fica a boa representação de uma cidade que mudou muito, assim como seus habitantes. 

Um livro bonito, colorido, bem ilustrado e editado pela editora Compacta, cuja mensagem atual o torna leitura indispensável para pais e crianças em período escolar. Marcos Cunha é um autor acostumado com nossas crianças e deixa claro nesta obra sua afinidade com elas. Já o imaginamos contando a história de Didi com a magia que só um contador de histórias é capaz de "conjurar".   

Fica a resenha e a dica.   

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

FOSTES




Fostes...

Sim, fostes...

O sonhar impossível dentro das cores da noite,
Desejo alcantilado, a buscar o olor de teu corpo,
O fluir do tempo, lua no céu, a sina meu açoite...

O véu da escuridão o perfume de dama-da-noite,
As estrelas em cortejo a toldar os meus desejos;
A dor, a cruel saudade em meu corpo, o pernoite.

O castelo dos ventos fustigantes, o doloroso pranto;
Na penumbra orvalhada meu único e profundo amor,
O medieval delírio e a torre de meu secreto encanto!

CHUVA ATEMPORAL


CHUVA ATEMPORAL

Gotejam lá fora gotas numa lata
Os trovões ribombam distantes...
No condutor o rumor de uma cascata
Menino, eu dormia feliz num instante.

Imaginando meu telhado protetor
Meu colchão simples, mas confortante,
Hoje - menino já velho - cheio de dor...

Os segundos a tiquetaquear,
Penso lá fora, no chão sem cobertor,
Doentes, velhos e crianças a chorar...

Já são altas horas, retiro a lata da goteira
Para não ouvir o som que era de saudade,
Parecendo dar à miséria uma eira ou beira;
Somos todos cegos esta é a pura verdade...

Ribombar de trovões distantes ora tristes são,
O telhado já não me protege das gotas frias
Que caem lá fora em meu exposto coração...
Tempus fugit, e todos ficamos nesta apatia.

Não podemos sair a esmo pela noite afora,
A noite é o logro de um poema feito a sós
Não, a selva se alimenta de sangue agora,
Há angustia no Tempo que cala nossa voz...

E breves quanto eternos serão os segundos
Soma dos infindáveis minutos e horas feridas.
Para dormir só o acalanto de outros mundos

Nos agregará o fluir da paz para nossas vidas! 

domingo, 4 de fevereiro de 2018

As Cortinas do Tempo: BUSCAR O SABER

As Cortinas do Tempo: BUSCAR O SABER: BUSCAR O SABER... O tempo corre tão depressa com os corpos que precisamos parar e  esperar nossa alma chegar. [De um conto indíge...