quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ESSÊNCIA
Gosto de escrever porque me divirto,
mas, sobretudo, porque me solto.
Me entoco, me invoco, me provoco,
me cubro e me descubro.

Quando escrevo sou mais eu,
sou dono do meu pedaço,
me faço e me refaço,
me afasto, me abraço,
me vou e me venho,
me rejeito e me tenho,
e não peço licença pra ninguém.

Alguém me disse
que eu não sei escrever.
E quem disse que eu quero saber?
O importante é alguém me ler
e entender a minha mensagem.

Na minha escrita o que conta é a essência,
tudo assim bem saltitante,
com palavras excitantes
num ziguezague sem fim.
Isto é o que vale pra mim.

Gosto de escrever porque me divirto,
mas, sobretudo, porque me solto
e consigo assim o meu intento,
e preencho assim o meu momento
de uma forma que compensa.
Na verdade, só escreve quem ama e pensa.

Cícero Alvernaz (autor) 05-10-2015.

4 comentários:

  1. Sempre um imenso prazer em ler e aprender com Cícero Alvernaz! Há anos e anos leio seus textos e nunca me cansei. Sempre algo novo, inusitado, curioso, de ira-santa ás vezes. Cícero é um escritor eclético, mas daqueles que não só procuram ser prolíferos em escrever por escrever, embora diga que não sabe como no texto acima "Essência" pois escreve sempre o essencial. Parabéns confrade Cícero mais um destaque deixado em registro para lermos e aprendermos a escrever. Meu forte abraço. Até mais ver em muito breve.

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  2. Sempre um imenso prazer em ler e aprender com Cícero Alvernaz! Há anos e anos leio seus textos e nunca me cansei. Sempre algo novo, inusitado, curioso, de ira-santa ás vezes. Cícero é um escritor eclético, mas daqueles que não só procuram ser prolíferos em escrever por escrever, embora diga que não sabe como no texto acima "Essência" pois escreve sempre o essencial. Parabéns confrade Cícero mais um destaque deixado em registro para lermos e aprendermos a escrever. Meu forte abraço. Até mais ver em muito breve.

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  3. Meu prezado confrade Cícero. É sempre um grandioso prazer ter a oportunidade de lê-lo. Sempre traz um assunto novo, curioso, alegre ou às vezes de ira-santa, contra a corja empoleirada no "puder"; aqueles que fazem como os cachorros: molham o pé do "poste" que elle(s) próprios fincaram. Mas na "Essência" acima, Alvernaz fala: "Alguém disse que não sei escrever/ E quem disse que eu quero saber? Às vezes como acontece comigo aparece uma "mula de Balaão" a dizer isso também. Só que, amigo Cícero, além de nossa América do Sul, lá no Canadá, Portugal, Romênia, Lituânia, Sérvia, República Tcheca,Russia, Alemanha ou USA, o público é intenso na leitura de nossos textos. Sem impáfia, porque afinal de contas escrevemos para nossos leitores. E eu quero não saber escrever como você Alvernaz - que há anos e anos o leio sem nunca me cansar; dada a diversidade de seus temas. Parabéns sempre por seus textos que para mim são aulas de nosso idioma e de estilo literário. Um forte abraço, e até mais ver, logo logo.

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    1. Obrigado confrade. É um prazer te-lo como leitor e admirador. Isto, para mim, representa um grande incentivo e melhora substancialmente a minha auto estima.

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