sábado, 28 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
PEQUENA ORAÇÃO - Pela alegria de toda a Natureza
Eu estou aqui Senhor,
Prestando-te louvor
pela obra de Tuas mãos.
Eu preciso de Ti, Tua luz,
Preciso de Tua unção,
Vindas da divina cruz.
Apaga toda minha tristeza,
Cuja origem é do passado
Cruel de sofrimento e rudeza...
Seja Jesus sempre louvado
Pela alegria de toda natureza,
Serás eternamente adorado!
sexta-feira, 20 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
ATIVA
A noite ativa
viva
de lamparinas
e lampiões
astros no céu
estrelas
gente na terra
encerra
o vagaroso dia
cria
desejos expectativas
sonhos
que a noite propicia
no seu bojo
nos seus braços
laços
vagarosos beijos
ensejos
multidões desejos
a perpassar
na longa estrada
madrugada
repousando ensimesmada
ei-la
ligeiramente apaixonada
a transpor
a porta do amor
indo em direção
à sua morada.
A noite ativa
viva
de lamparinas
e lampiões
astros no céu
estrelas
gente na terra
encerra
o vagaroso dia
cria
desejos expectativas
sonhos
que a noite propicia
no seu bojo
nos seus braços
laços
vagarosos beijos
ensejos
multidões desejos
a perpassar
na longa estrada
madrugada
repousando ensimesmada
ei-la
ligeiramente apaixonada
a transpor
a porta do amor
indo em direção
à sua morada.
Cícero Alvernaz (autor) 20-10-2015.
sábado, 7 de maio de 2016
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Luís Braga participa da Semana de Leitura Senac
O professor, poeta e membro da Academia Guaçuana de Letras, Luís Braga, no dia 29 de abril, proferiu duas palestras na “Semana Senac de Leitura”, para os alunos e professores da escola Senac, na unidade de Mogi Guaçu-SP.
O palestrante falou sobre a arte da leitura e da escrita. As palestras tiveram como objetivo aproximar as pessoas do gosto pelo ler e escrever, práticas fundamentais para a formação de cidadãos críticos.
Durante o evento, o professor , agradeceu à bibliotecária Silvia Pescuite e a equipe Senac, pela oportunidade que fora entregue a ele. Braga também discorreu sobre a importância da Academia Guaçuana de Letras.
Após cada fala, o acadêmico membro da AGL, disponibilizou um tempo para conversar, aconselhar, e tirar foto, com cada aluno e funcionário que o procurou.
Luís Braga, professor, poeta, e membro da Academia Guaçuana de Letras
Poeta Luís Braga declamando uma poesia de sua autoria.
Recadinhos entregues pelos alunos após cada palestra.
O trabalho foi voluntário.
Fica o registro.
PÉROLAS ATRAVÉS DA DOR.
PÉROLAS
ATRAVÉS DA DOR
“Ostra
feliz não faz pérola” -
Rubem Alves
Mauro Martins Santos
Administrador do Blog
Uma pérola gigante foi encontrada por acaso e já está sendo
cotada como uma das maiores do mundo. A preciosidade foi analisada por um time
de especialistas em Londres e depois na Suíça e confirmaram que se trata de uma
pérola natural com um diâmetro de 17,4 milímetros e incríveis 33.14 quilates.
As pérolas podem ser cultivadas através da inserção de um
núcleo na ostra que desperta o processo de produção e cristalização do nácar,
ou produzidas sem qualquer interferência humana, o que as torna muito mais
raras.
Qualquer corpo estranho (grãos de areia ou parasitas) que
invada a concha pode causar dor e irritação no molusco, daí sua reação natural,
sua única defesa é segregar elementos orgânicos que a aliviem do desconforto e
sofrimento, que pode durar anos até envolver o corpo estranho
As pérolas são formadas quando uma ostra produz camadas de
nácar, um mecanismo de proteção natural. O nácar é cristalizado pela presença
do carbonato de cálcio existente no corpo da ostra feito para protegê-la quando
um corpo estranho invadir ou acidentalmente se alojar no interior da concha. No
caso dos produtores de pérolas artificiais, eles próprios iniciam o sofrimento
do molusco para desencadear o citado processo.
Quando os dois elementos [nácar + presença de carbonato de
cálcio] se encontram na presença do terceiro elemento [oxigênio] externo ao
corpo do animal, produz-se uma reação de endurecimento, se enrijecem, formando a
estrutura esférica de uma pérola. Esse processo de envolvimento ao corpo
estranho - que na realidade é uma defesa à agressão das arestas, por exemplo,
de um grão de areia - pode levar anos e quanto maior o corpo estranho maior a
pérola = mais camadas de nácar serão necessárias a serem adicionadas.
Na grande verdade, a pérola nada mais é, que o fruto do
sofrimento do molusco no interior de sua concha, para cessar seu sofrimento, os
ferimentos das arestas do corpo estranho e seu corpo mole e frágil ela
desencadeia essa sua defesa natural. Mas afinal de contas o que representa um
molusco na cadeia biológica? Mas a importância à vida só é medida conforme a
escala (especicista, do homem) em relação às demais espécies de vida biológica.
Como mecanismo de defesa, as ostras revestem esse corpo
estranho de madrepérola, uma substância cálcica que elas expelem para proteger
a concha. É assim que se formam as pérolas. Qualquer corpo estranho (grãos de
areia ou parasitas) que invada a concha pode causar irritação. Como mecanismo
de defesa, as ostras revestem esse corpo estranho de madrepérola, uma
substância cálcica que elas expelem para proteger a concha. É assim através da
dor que se formam as pérolas.
Uma pérola gigante foi encontrada por acaso e já está sendo
cotada como uma das maiores do mundo. A preciosidade foi analisada por um time
de especialistas em Londres e depois na Suíça e confirmaram que se trata de uma
pérola natural com um diâmetro de 17,4 milímetros e incríveis 33.14 quilates.
A pérola foi produzida por uma ostra da espécie (Pinctada
máxima) e, aparentemente, levou cerca de
10 anos para se desenvolver na natureza.
Especialistas em joalheria especializados em pérolas avaliam que a
preciosidade pode valer cerca R$ 750 mil.
**
O grande Rubem Alves, [Boa Esperança - MG, 1933 / 2014.
Faleceu em Campinas aqui pertinho de minha cidade - Moji Guaçu-SP - é, nunca
direi foi - um dos maiores e mais prolíferos escritores brasileiros modernos. Em
2014 encantou-se (como costumava dizer quando um seu amigo morria), encantou-se
da forma como pedia, não de repente - “uma pessoa não merece deixar a vida sem
poder dizer algo antes de ir-se”. Rubem escreveu todo um importante livro com o título: Ostra Feliz não Faz Pérola, a que
tentarei me referir, e se possível, enredar-me na magia de suas palavras.
Como todas as suas obras, esta é de uma beleza sem par.
Teológica-filosófica-educativa-poética, e ao mesmo tempo não ser nada disso, pela
simplicidade particularmente inata em escrever. Rubem escrevia para “adultos-crianças”,
ou seja, aqueles que não mataram a criança que foram lá pelas bandas de onde
quer que tenham nascido ou se criado, que tenham cultivado os “brinquedos-palavras”
que falaram em crianças e tenham ouvido muitas histórias. Escreveu também vários livros infantis e infanto-juvenis.
**
Vou começar transmitindo o quanto estimo Rubem
Alves, a quem conheci na quase vizinha cidade de Campinas, tenho lido praticamente
todos os seus livros. Ao falar agora em específico sobre este livro, que vem a
me inspirar a escrever o presente texto, não estou buscando inspiração ou
argumentos em um livro qualquer; falo com propriedade de Ostra Feliz não Faz Pérola.
Para mim e uma legião de leitores, a morte Rubem
Alves levou do cenário literário
nacional e mundial [provam seus milhões de
livros editados e traduzidos em mais de 30 idiomas] um dos maiores e mais completos
intelectuais da literatura brasileira. Um escritor que por ter sido perseguido durante
o regime militar - ressentiu-se não por causa dos militares, mas profundamente por seus pares, sendo pastor presbiteriano, foi atraiçoado por seus colegas pastores que
o delataram ao regime - por quê? Porque ele e outros teólogos incluindo
Leonardo Boff, frei católico, que iniciaram a Teologia da Libertação, foram
taxados de subversivos. Ele foi se
exilar nos Estados Unidos.
São, seus livros, de uma propositura literária que nos prende a
meditar a cada período, são prosas poéticas se quisermos que assim seja; são
enlevações do pensamento aos que preferirem assim lê-lo, e seus textos que
fazem parte deste livro em particular, são maravilhosos. Claro que terá algum que possa não agradar a este ou aquele leitor ou que não concordem muito com
determinadas proposições que ele usa como figuras de linguagem, metáforas ou demais recursos literários,
mas sobre isso ocorre com todos os leitores em relação a incontáveis autores.
Quanto a este nada a criticar, porque Rubem cumpre a rigor o enunciado em seu
título sendo precioso em abordar o tema em todos os aspectos. Talvez estejam pensando ao ler este texto que
estou me referindo muito além do que realmente o livro representa. Nada tenho a
acrescentar ou procurar promover tal autor, que por si só e sua biografia falam
estratosfericamente mais que qualquer humilde comentário deste autor de texto. Quem já teve o prazer de ler Rubem Alves sabe da
veracidade do que escrevo.
O livro fala sobre sofrimento que produz a
beleza, de jardins, jardineiros e flores, da morte necessária para ressurgir a vida plena, do
envelhecimento físico, que recria a mensagem da renovação de esperanças a quem
nos sucede, traz a imagem não saudosista mas saudosa da juventude, e das coisas
não vividas, do sagrado que está em todos os lugares, como o vento, o amor, do
verbo inicial. Doses generosas de sabedoria para serem vivenciadas e
reproduzidas.
Rubem
fala muito em suas crônicas de Nietzsche, Bach, Gaston Bachelard, Cecília,
Adélia Prado, Pessoa e seus heterônimos em especial Alberto Caeiro, e tantos
outros ao qual ele admirava e nos faz conhecer por excertos que no apetecem a
buscá-los. Ostra Feliz não Faz Pérola, sem exagero, contemporânea e
brasileira. Uma pena que nunca tenha sido convidado pela ABL (como tantos
canastrões que lá estão) também, que seu nome e suas obras não tenham sido
reconhecidas como merecem e deviam ter sido. Talvez pelo seu temperamento
avesso a bajulações e “salamaleques” aos pretensos “acadêmicos”. Morreu feliz com sua Academia Campinense de
Letras. Rubem também era um grande educador e professor da USP. Ferrenho
defensor dos educadores em geral, e de uma educação mais relacional do que
sistemática. Leiam este livro, ou outros de Rubem Alves. Além de serem
mensagens sempre atuais e edificantes para a alma, fazem pensar e, é um acervo
de sabedoria muito em falta nos nossos dias.
UM EXCERTO DE “OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA”
Isso
é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio
sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos , levavam a tragédia
a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os
cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se
perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse
sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A resposta que
encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao
pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza
não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve
ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas.
São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os
artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim
da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília
Meireles, Fernando Pessoa… (trecho da crônica que dá o titulo ao livro)
**
Rubem,
eu conheci; mas só tornou-se meu grande amigo em seus livros. A admiração por
ele aumentou logo após a sua morte, onde acelerei em lê-lo. A depender de
mim semearei sua sabedoria e literatura
por estes caminhos. Aqui, À SOMBRA DAS ARAUCÁRIAS, CORTINAS DO TEMPO e onde mais estiver, sempre voltarei a falar muito
sobre Rubem Alves No momento estou relendo TRANSPARÊNCIAS DA ETERNIDADE
- De Rubem Alves.
Em uma próxima oportunidade poderei falar sobre este último título.
domingo, 1 de maio de 2016
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