quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Trecho do discurso de posse do Acadêmico Alberto Paschoaletto


Isto Posto, dá-se lugar para o Nonô ou Bertinho, e não interpreto os limites que margeiam as extremidades da tela da vida, como emoldurando compromissos entre o lá do passado e o cá, do presente, mas como um denso território em cujas bordas vivenciamos o risco e o fascínio do duplo sentido que é vida. Dissolvida a confortável ilusão da unidade, aprendi com o tempo a confrontar-me com o território do desconhecido. Isto para mim significou a passagem por águas turbulentas, pois em meu coração implantaram-se 3 pontes. Prefiro, sempre, percorrer por caminhos guiados pela subjetividade: assim, tenho com minha consciência a certeza que as pontes levantadas em meu coração são como totens elevados que adentram e percorrem os caminhos do meu EU interior que se entrelaçam com a literatura e a filosofia. Assim, é finalmente aceitar o aceno de tudo aquilo que, em nós ou fora de nós, se recusa à apropriação apaziguadora da identidade em mares de calmaria racional, pois afinal, como já disse Fernando Pessoa: Navegar é preciso, Viver não é Preciso! 

Assim encerro deixando claro que minha entrada na Academia Guaçuana de Letras entende-se como fronteira franqueada ao livre trânsito de todas as polaridades, do contraditório das temporalidades e do efêmero de quem sou.

Alberto Carlos Paschoaletto (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Solenidade de Posse de novos Acadêmicos e Confraternização

No dia 22 de novembro de 2014 no auditório da Faculdade Maria Imaculada de Mogi Guaçu, ocorreu a posse de dois novos Acadêmicos. Receberam o diploma de membro efetivo da Academia Guaçuana de Letras, o senhor Alberto Paschoaletto e a senhora Eliana Silva. A solenidade contou com a presença de vários Acadêmicos e familiares, além da ilustre presença do Dr. Camilo Martins, presidente da Academia Nogueirense de Letras e da Academia de Letras do Brasil - seccional de Campinas. 

Veja algumas imagens do evento:

 Os Acadêmicos presentes

Dr. Camilo Martins discursando sobre iniciativas literárias 

Alberto Pachoaletto em seu discurso de posse

Eliana Silva em sua posse como Acadêmica

Maria Ignez declamando um poema

Todos os Acadêmicos e o ilustre Poeta Camilo Martins

Confraternizando


Os Acadêmicos e seus convidados ainda realizaram a confraternização de fim de ano. Conversaram sobre os projetos para 2015.  

O evento fica registrado.     

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Esperança

O que é uma imagem senão a que se decifra o presente. O que seriam as marcas do tempo, senão tudo que se viu e viveu intensamente. Hoje o sorriso jovial poderá em certo tempo, ser somente lembranças de uma aurora que já passou. Quero meus pés no presente. Quero sentir alegria. Por que não melancolias ao cair da noite, ao nascer do dia. Quero viver a vida, sabendo que tudo passa...
Serei o velhinho, com passos dolentes, a observar o horizonte, lembrando-se de suas conquistas e dissabores. Proferindo estórias para ouvidos que queiram ouvir... Despertando lágrimas e sorrisos. Trazendo mocinhos e bandidos para o café da tarde, quem sabe sozinho, quem sabe acompanhado... Para os que se fizerem presentes ou desavisados... Para os escolhidos ou enjeitados... Quem sabe...
Despir-me de prudência, mergulhar no gelado... Caminhar nu. Buscar indumentárias que não escravizam. Liberdade a gritar em noite de silêncio enclausurado. Quebrar a saudade de todos os retratos.
Passam as noites, passam os dias e ainda estou aqui para contemplá-los... Ainda de pé, muitas vezes acabrunhado, mas aqui.
Se for pra caminhar que seja à frente e feliz... E sorrindo...
Meus olhos haverão de ver o que se possa ser visto... Esperança me encontrará e eu a ela... Juntos faremos história... E descobrir afinal que tudo valeu a pena e nada se perdeu... Nada... Nada.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

AGL no Concurso Une Versos da Escola Prof.ª Anália Almeida Bueno

A escola Prof.ª Anália Almeida Bueno de Mogi Guaçu, na figura da sua Sala de Leitura, promove do dia 21 de outubro a 21 de novembro de 2014  o concurso "Une Verso". Os alunos de toda a escola podem participar com seus poemas. A competição se dá, geralmente, por turma e serão premiadas as três melhores poesias. A relevante iniciativa se deu no ano passado e foi continuada neste ano. 

A Academia Guaçuana de Letras na figura dos seus membros Eliana Silva e Paul Law participou do concurso. Ambos figuraram como jurados, juntamente com outros dois importantes incentivadores. Veja algumas fotos:

Os jurados e os organizadores

Eliana Silva e Paul Law analisando os poemas

A eterna professora Zuleide, Eliana Silva e "Nossa vez de Viver"

Os envelopes contendo as poesias finalistas

Da esquerda para a direita: Zuleide, Suelange, Eliana, Rosangela, Silvia e Ênio 

Tudo muito bem organizado

Os jurados

Lembrando que a premiação ocorrerá no dia 25 de novembro, evento que contará com todos os integrantes da escola e os pais dos alunos.   

A AGL parabeniza a escola Prof.ª Anália Almeida Bueno pelo importante trabalho cultural realizado com os alunos. Em especial à Sala de Leitura com seus competentes coordenadores. Onde há poesia a violência não entra, já dizia Fátima Fílon. Mais que isso, onde há Literatura, seja na forma de poesia ou prosa, há Conhecimento. Não existe preocupação maior com nossos jovens do que fornecer-lhes condições de entender. A Literatura tem, dentre muitas outras finalidades, a de ampliar os horizontes.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

DA POESIA EU NÃO ABRO MÃO


Ao revirar o jardim do céu em flor,
Fui atrás de coisas que já sei de cor,
Que a santa poesia da vida é amor,
Que ela é a paz para um mundo melhor.

Então crio, medito, me levem a sério!
Ela imprime e reforça a palavra inquieta,
Metade verdade e metade mistério,
Ela é fera, é luz, é suor do poeta.

São versos homéricos em turbilhão
E as redes lançadas buscando leitores...
Pescou neste instante o meu coração.

Posso ser professora, doutora também,
Mas da poesia eu não abro mão!
Encontrei! E que ela não falte a ninguém.

Fátima Fílon (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014



                                                                                                                                         ///.Stºs

Cancioneiro Geral
 Wikipédia, a enciclopédia livre.

Primeira edição do Cancioneiro Geral (1516).
O Cancioneiro Geral, publicado inicialmente em 1516, é uma compilação de poemas de poesia palaciana reunida pelo escritor eborense Garcia de Resende que inclui obras dos séculos XV e XVI. Os poemas, escritos em sua maioria em português mas também em castelhano, versam sobre os mais variados temas. Foi a primeira colectânea de poesia impressa em Portugal e o principal repositório de poesia portuguesa da época.
O Cancioneiro segue os modelos de compilações de poemas castelhanos realizados anteriormente, como o Cancioneiro de Baena de 1445 e o Cancioneiro Geral de Hernando del Castillo, publicado em 1511. Garcia de Resende (c.1470-1536), que era poeta, cronista e cortesão na corte de D. Manuel I, reuniu um conjunto de quase mil poemas de 286 autores, dos quais uns 150 são escritos em castelhano e o resto em português.  O período de produção dos poemas abrange desde a metade do século XV até o início do século XVI.  Ao contrário do cancioneiro castelhano de 1511, os poemas da obra portuguesa não estão arrumados por temas.
A obra de Resende foi publicada pela primeira vez em 1516, na oficina de Hermão de Campos, e está dedicada ao príncipe João, futuro João III de Portugal. Os temas revelam uma poesia de carácter palaciano, sobre o dia-a-dia na corte, além de outras de temática religiosa, amorosa, elegíaca, além de algumas tentativas de poesia épica.  Ao contrário da época trovadoresca, quando a poesia era pensada para ser cantada e bailada, os poemas do Cancioneiro são autônomos, e o ritmo é conseguido pela sonoridade das palavras e pela organização em versos e estrofes.
Entre os muitos autores incluem-se João Roiz de Castel-Branco, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e o próprio Garcia de Resende




terça-feira, 11 de novembro de 2014

DEIXE A VIDA DOS LEVAR


O cantor é bom, a música agrada, mas a mensagem não é construtiva e  não faz bem a quem quer ser feliz.
 Se nos deixarmos levar, sem interferir ou colocarmos metas em nossas vidas pode ser que não cheguemos a lugar nenhum e termos como consequência uma vivência em brancas nuvens, sem deixar marcas.
 Sou mais do pensador que disse: ”O mundo não poderá ser o mesmo depois que passarmos por ele”, ou seja, precisamos deixar nossa marca nos espaços por onde passarmos, cumprir os planos de nossa vinda ao mundo.
 Fomos dotados de inteligência, discernimento e principalmente dons  justamente para buscarmos a construção de uma sociedade mais justa e mais feliz. Somos responsáveis por uma geração que vem após a nossa, portanto, nosso viver não pode ser algo inconsequente.
 Viver deixando a “vida nos levar” é uma forma muito egoísta e descompromissada de passar por este mundo.
 O segredo do bem viver é simplesmente colocar AMOR em tudo que se faz. Ter um olhar paciente e sem preconceito com as pessoas à nossa volta.
 Antes de tomar uma atitude é bom repensar e se questionar até que ponto aquilo pode mudar a situação conflituosa. De acordo com Augusto Cury, revendo nossas atitudes devemos aplicar o DCD, um questionamento interior que Duvida da operacionalidade daquele pensamento e atitude Critica a aplicação da mesma tendo em vista a funcionalidade da operação e finalmente Determina o que pode ser positivo.
 Nem sempre palavras funcionam. Falar, falar, falar, aconselhar, sermão não muda atitude. Alcançar a alma de quem tem atitudes indevidas não é fácil. O silêncio e a provocação de “ouvir” mais do que falar, pode ser mais construtivo.
 Geralmente as atitudes indevidas, principalmente na escola, são  formas de expressar mágoa contida, chamar a atenção para si por conta de uma vida infeliz.
 Fazer sermão, apontando o dedo como forma de julgamento em nada colabora com a mudança de comportamento. O construtivo é colocar-se à disposição para ajudar, mostrando caminhos novos e, se possível, oferecer oportunidade de executar tarefas onde a criança pode “se descobrir” participante e atuante dentro do espaço escolar.
 Precisamos ter muito cuidado com nossos julgamentos. Uma estratégia de paz é colocar-se sempre no lugar do outro para sentir o que o outro está sentindo, e tentar ajudar.
 Quando interferimos indevidamente colocando  nosso juízo de valor nas atitudes do outro, estamos deixando a “vida nos levar” e permitindo que pensamentos “killer” tomem espaço e “despejamos”, assim,  palavras negativas que em nada ajudarão na construção da paz.
 Portanto, ”viver e não ter vergonha de ser feliz”- outra frase de impacto - é investir sempre no AMOR em qualquer tipo de relacionamento, com tudo que nos cerca, natureza viva e suas criaturas, pois tudo nos foi presenteado com Amor e não é justo tratarmos das coisas com julgamentos errados, arrogância e preconceito.
 “É preciso amar como se não houvesse amanhã”

Rosely Rodrigues (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

DOMINGO




Quero um domingo de sol para fazer piquenique no parque.
Um de chuva para poder passear em um museu ou ver a cidade.
Quero um domingo nublado porque o céu também é lindo cinza.
Quero um domingo “solteira” para conversar e rir com as amigas;
E quero um de namoro para ficar aconchegada em bons braços morenos.
Quero um domingo com sorvete e um com sopa.
E outro com garapa da mais pura cana, triturada na hora e misturada com limão.
Quero domingo para ler o dia todo, ler textos teóricos, notícias sérias, romances encantadores, livros de seres fantásticos, mas quero um para ficar no sofá só com os poetas.
Quero um domingo de sarau cheio de música boa, vinho e poesia.
Quero um domingo de churrasco e cerveja, daqueles bem familiares.
E um que comece com pastel na feira, porque nem vi o sábado virar domingo.
Quero um domingo nas águas da cachoeira para lavar a alma em água fresca;
Outro nas águas salgadas do mar para reenergizar e relaxar.
Quero domingo desregrado para tomar café da manhã enquanto todos almoçam, ou para almoçar sem café da manhã.
Quero um domingo para acordar cedo e aproveitar cada minutinho.
Quero domingo de pijama, daqueles preguiçosos em vamos da cozinha para a cama, com pipoca, brigadeiro e filme. 
Quero domingo despojado, sem rotina, alegre e sem previsão, só porque é domingo!!

(Samantha Lodi, inspirado no quadro “Dimanche” de Pablo Picasso - Paris – 03/11/2014 segunda-feira)