quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O VENTO PODIA TE TRAZER PARA CÁ
O vento podia te trazer para cá.
Você chegaria sem conhecer nada
e eu iria te buscar na rodoviária.
Eu ficaria ansioso olhando,
ficaria atento te esperando
torcendo pela sua chegada,
sua presença tão esperada
como se fosse um sonho.
Não sei qual seria a minha reação,
como iria reagir meu coração
quando você descesse do ônibus,
quando, finalmente, eu te visse
caminhando em minha direção...
O vento podia te trazer para cá
e te colocar, finalmente, nos meus braços,
eu te daria mil abraços,
te prenderia com meus laços,
te daria toda atenção
e você ficaria hospedada
para sempre no meu coração.
Cícero Alvernaz (autor) 21-08-2017.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

1ª Exposição Cultural Monteiro Lobato

Os Acadêmicos Fátima Fílon e Paulo Scollo Jr (Paul Law), participarão da abertura da 1ª Exposição Cultural "Monteiro Lobato", promovida pelo Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Estiva Gerbi/SP. Além dos membros da AGL citados, o evento contará com a presença da escritora Arlene Padrão e do escritor Bibiano Elói Jr, além de outros ilustres convidados.

A exposição estará aberta ao público nos dias 28 e 29 de novembro de 2017, das 08h ás 11h e das 13h às 16h no Centro Esportivo Mario Rocha, situado na  Rua Ângelo Zanco. A abertura do evento está marcado para o dia 27 de novembro de 2017 às 19h no mesmo local. 

Veja o cartaz de divulgação do evento:


Fica o registro e o convite a todos os Acadêmicos , assim como à população guaçuana.  

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

PELA FRESTA DA JANELA
Pela fresta da janela
eu vi a festa, vi a cara dela,
vi os comensais, o anfitrião,
vi a luz bruxuleante de uma vela,
vi também um velho lampião.
Vi a moça feia que dançava,
vi o homem tonto que olhava,
vi que alguém sorria e espiava
todo aquele quadro de horrores
que fora pintado em tantas cores.
Pela fresta da janela
eu vi a festa, vi a cara dela,
vi os convidados todos juntos,
deu até pra ouvir alguns assuntos,
tudo pela fresta da janela.
Eu queria entrar, participar,
ver, comer, beber e me folgar,
mas só vi da fresta da janela
velho lampião e a luz da vela,
pois ninguém chamou-me para entrar.
Cícero Alvernaz (autor)
07-11-2017.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

UNIVERSO DO MEDO

 
Vivemos hoje no "universo do medo".
Medo de ficar, medo de sair,
medo de opinar, medo de sorrir.
Medo, sempre medo, receio de falar
e não ser compreendido.
Vontade de gritar,
mas o medo nos deixa encolhidos.

Quase tudo é proibido pelo politicamente correto.
Temos que dançar conforme a música
e não podemos errar a letra,
sob pena de sermos vaiados em pleno palco da vida.
E assim engolimos a nossa opinião sobre diversos assuntos.
Ficamos sempre na dúvida entre falar e calar.
Se opinamos corremos sérios riscos,
se nos calamos somos omissos e sofremos mais.

Hoje, tudo é homofobia, discriminação, intolerância,
racismo e preconceito.
Andamos sempre como os animais
que só podem olhar pra frente
e mastigam diariamente um freio
que os limitam em seus movimentos.
Até quando?

Quem mais sofre com isto são as pessoas criativas,
aquelas que inventam e criam
e dão uma nova cor e sentido aos fatos do cotidiano.
Enquanto isto acontece,
os verdadeiros "bandidos" aproveitam para trapacear
e espezinhar tornando a vida,
o mundo, num universo do medo,
num quase calabouço, ou num "cala boca".

Onde fica a nossa liberdade de expressão?
Como disse alguém: "Isto aqui está parecendo
uma  Ditadura".