segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Amor que te dei

Vêm! Preencha o espaço que chamo vazio
Que de tão íntimo, se rio fosse
Caudaloso, encontraria sozinho  - o mar

Vêm, desce deste celestial altar.
Faz-me levitar ao seu redor
E de joelhos, a rezar, eternamente teu,
Este meu amor pra não acabar.

Vêm, faz deste grande amor meu,
presente que se dá somente a quem ama.
Inflama a face deste sorriso meu.

Vêm, mergulha fundo sem se afogar,
Pois já sou náufrago que aprendeu
que nadar não se morre se respirar.

Vêm, toma posse do que já te dei
deste meu amor, que flor, despetalei.
Margaridas nenhuma ficam sem pétalas.

E, de bem- me- queres em bem-me-queres.
Brincadeira sã – eu farei.
Será só minha - só minha mulher!
E só pra ti, só pra ti darei:
Um jardim emprestado de
Algum reinado – digno de rei.

Luís Henrique da Rocha Campos (Membro da Academia Guaçuana de Letras)



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