QUANDO AS FOLHAS DO BORDO CAEM
Esquecemo-nos
às vezes,
O que é
preciso conhecer
Sobre o que
nos vai à alma,
Para em
segredo se dizer.
É visto que
a vida corre,
E aos que
nos ladeiam,
Como estão
sempre cá,
Esvai o amor
que anseiam.
Em algum dia
tudo se vai,
O que era
não mais será,
Como a folha
seca que cai,
E o Tempo
invisível levará.
Queria eu poder
cuidar de ti,
Tal a folha
seca já não posso
Tal ao bordo
outonal te perdi...
Vão esperar dela o regresso.
Segue ágil o
rio como benção,
Murmúrios em
seu caminho,
As mãos de
sombras como unção,
Vão pensando
todas as feridas
Abertas,
doridas, em cada peito,
Herdadas de nossa própria vida.
[Mauro Martins S.]
[Mauro Martins S.]
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