São homens polivalentes
Nos vícios da humanidade,
São semi-analfabetos,
Mas letrados na vaidade,
Mentem até para si mesmos:
Povo pensa que é verdade...
E descarrega seu voto,
Elegendo a bandidagem
Que pensa só no dinheiro,
O que é limpo e o da lavagem.
Depois de eleito, o sacana
Manda o povo pra pastagem...
Esse tipo de político
Elege a duplicidade:
Faz-se bom de mentirinha,
Fingindo que é verdade
O que promete e propala
Ao povo bom da cidade...
Se são bem remunerados,
Deviam mostrar serviço.
Mas chegam a dar vergonha,
São figurantes sem viço.
E o povo na miséria,
Fica fraco, fica omisso...
Não reage. É cordial...
Vota por votar somente.
E às vezes repete o voto
Em quem é muito indecente...
E a falta de consciência
Faz o cidadão demente...
Até quando, até quando?
Deus, proteja este país!
Faz com que o povo eleja
Quem só a verdade diz!
Fulmina com raio fúlgido
Todo cretino infeliz!
Ainda sinto arrepio
Com o Hino Nacional!...
Mas sinto o peso das malas, Carregando o vil metal
Que o povo pagou heroico
Ao país do carnaval!...
Mas não perco a esperança:
Dias melhores virão...
A honestidade reinando
E crescendo o cidadão
E o político corrupto
Se encolhendo na prisão...
Cordel de João Vitor Rossi (membro da Academia Guaçuana de Letras)
Valeu João! Tiro certeiro e ligeiro.
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