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Cancioneiro Geral
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Primeira edição do Cancioneiro Geral (1516).
O Cancioneiro
Geral, publicado inicialmente em 1516, é uma compilação de poemas de poesia
palaciana reunida pelo escritor eborense Garcia de Resende que inclui obras dos
séculos XV e XVI. Os poemas, escritos em sua maioria em português mas também em
castelhano, versam sobre os mais variados temas. Foi a primeira colectânea de
poesia impressa em Portugal e o principal repositório de poesia portuguesa da
época.
O Cancioneiro
segue os modelos de compilações de poemas castelhanos realizados anteriormente,
como o Cancioneiro de Baena de 1445 e o Cancioneiro Geral de Hernando del
Castillo, publicado em 1511. Garcia de Resende (c.1470-1536), que era poeta,
cronista e cortesão na corte de D. Manuel I, reuniu um conjunto de quase mil
poemas de 286 autores, dos quais uns 150 são escritos em castelhano e o resto
em português. O período de produção dos
poemas abrange desde a metade do século XV até o início do século XVI. Ao contrário do cancioneiro castelhano de
1511, os poemas da obra portuguesa não estão arrumados por temas.
A obra de Resende
foi publicada pela primeira vez em 1516, na oficina de Hermão de Campos, e está
dedicada ao príncipe João, futuro João III de Portugal. Os temas revelam uma
poesia de carácter palaciano, sobre o dia-a-dia na corte, além de outras de
temática religiosa, amorosa, elegíaca, além de algumas tentativas de poesia
épica. Ao contrário da época
trovadoresca, quando a poesia era pensada para ser cantada e bailada, os poemas
do Cancioneiro são autônomos, e o ritmo é conseguido pela sonoridade das
palavras e pela organização em versos e estrofes.
Entre os muitos
autores incluem-se João Roiz de Castel-Branco, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro
e o próprio Garcia de Resende
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