OLHAI...
Quem tiver olhos para ver veja, ouvidos - escute.
Tens alma sinta. E se te aprouver elevar sentimentos, sem compromissos com o que está fora de ti, sinta, pois mais conveniente é que os demais sentidos.
“Olhai os lírios do campo,
olhai os pássaros do céu...”
Veja: o alvor dos lírios e o voar dos pássaros em liberdade
Fixa teu olhar nessa ternura,
não o deixe vagar ao léu.
Sua mirada percorra aspirando ao azul da última morada
Olhai os lírios do campo
e os pássaros do céu olhai..
A vida é melodiosa, e feliz
tome posse não só na poesia,
Mas nas coisas mais simples de sua existência humana,
Mas nas coisas mais simples de sua existência humana,
Não somos eternos, logo
abaixo do solo iremos morar.
Pensemos nos espetáculos da alvorada e do pôr do sol,
Para serem vistos todos os
dias do Criador essa cortesia.
Olhai as tantas autorias de milagres brincando ao luar...
Olhai as tantas autorias de milagres brincando ao luar...
Vultos de pequenos animais, olhai
para quem o tempo inexiste.
Vidas que juntos respiramos o mesmo bendito e puro ar
Vidas que juntos respiramos o mesmo bendito e puro ar
Diante das melodias, que os
homens depreciam a alegria,
De junto cantarem ao anoitecer juntos à simples lareira,
De junto cantarem ao anoitecer juntos à simples lareira,
Amando quem os ama,
agradecidos a cada novo dia.
Dai-me ó Eterno, na vida estas riquezas de Tua Autoria,
Dai-me ó Eterno, na vida estas riquezas de Tua Autoria,
Não só hoje, mas em todos
os dias e a cada sol nascer... Olhai.
Tuas bênçãos esquecidas são feixes de lenhos no inverno,
Que nos aquecem e não dizemos:
obrigado a Quem nos serviu,
A cada um de seus filhos, que tomam sua parcela e se vão.
Olhai os lírios do campo
antes que sequem suas corolas, olhai.
Pousados sobre a lousa fria, em melancólico anoitecer.
Olhai os pássaros do céu em
revoada de luz resplandecente
Bendizem as inocentes criaturas que povoam o nosso viver... Olhai!
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