terça-feira, 18 de dezembro de 2018

ENTÃO É NATAL


Simone cantou “Então é natal/ e o que você fez?”. Podemos filosofar a partir dessa música embora ela seja natalina.

Não precisamos esperar o natal para refletirmos em torno das coisas que estamos fazendo.
O que estamos fazendo?

Fazer é desenvolver algo a partir de uma ação.

Quais foram as nossas ações até aqui?

Para a filosofia, a ação é a maneira específica da atividade humana, resultado de sua condição de ser livre. A diferença entre o homem e os demais seres vivos consiste no fato de o homem ter nascido livre e não programado geneticamente como um animal o é. Isso é muito bom porque gozamos de liberdade e isso também é muito ruim porque somos eternamente responsáveis pelas nossas ações, sejam elas boas ou más.

O filósofo Immanuel Kant formulou a seguinte questão: o que devo fazer? O ser livre está perpetuamente condenado ao ter de agir. Fazer escolhas é algo natural na vida do homem livre. Escolher entre o bom e o ruim, entre o bem e o mau, entre o certo e o errado implica na construção da existência do homem livre, afinal, este é um ser autônomo e responsável pela suas construções.

Voltemos à música da Simone: “Então é natal/ e o que você fez?/ O ano termina/ e nasce outra vez”. Bom, se você não fez bem nesse ano, saiba que o ano nascerá outra vez, sendo assim, você terá outras oportunidades para fazer bem. Lembre-se: seres livres são seres em construção, portanto, construa o significado da sua existência.




Luís José Braga Júnior

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

PLANEJAMENTO


No último dia de novembro, por volta da hora do almoço, Josias e Tarsila conversavam sobre o futuro. Haviam celebrado as bodas há pouco tempo. Um casal inexperiente, porém desejosos em planejar o futuro com responsabilidade. Planejaram viagens, cursos, momento a sós, falaram, inclusive, sobre filhos.

Fazer um planejamento é criar um plano para alcançar um determinado objetivo. O “ento” do “planejamento” revela que o plano está provido de alguma coisa. Provido de quê? Provido de criatividade. Note, caro leitor, que fazer um planejamento é criar um plano para alcançar um determinado objetivo. “criar” e “criatividade” têm a mesma origem. Só cria quem tem criatividade.
Josias e Tarsila foram criativos na elaboração do plano para o futuro. O porvindouro é como uma tela em branco. O artista idealiza a imagem, faz os desenhos e finaliza pintando a tela. Faz-se necessário deixar claro que nenhum quadro está terminado; o destino não é uma obra pronta e acabada, é sempre possível fazer alguns reajustes, retocar alguma coisa, acrescentar linhas e cores.

O casal criou a agenda do futuro com responsabilidade. A palavra “responsabilidade” tem a sua origem no latim (respondere) e significa “responder”. Responder é dizer alguma coisa em resposta. Se Josias e Tarsila quiserem ter êxito em seus planejamentos terão sempre de responder um para o outro. O diálogo será necessário. A comunicação terá de existir. A mensagem deverá ser clara e objetiva. Emissor e receptor carecerão de paciência e compreensão mútua.

Podemos dividir a palavra latina “respondere” (responsabilidade) em duas partes – re e spondere. Re é “de volta, para trás” e Spodere é “garantir, prometer”. Na construção e execução do plano criativo para alcançarem um objetivo (planejamento), será de suma importância que Josias e Tarsila prometam um ao outro que sempre voltarão para trás a fim de aperfeiçoar algum desenho do quadro da vida.

Planejamento é isso. Planejamento é traçar o futuro com criatividade. O planejamento da vida ficará melhor ainda se for acrescido de responsabilidade.


Luís José Braga Júnior


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

ARRUMAÇÃO


Quem nunca precisou colocar a casa em ordem? Quem nunca precisou parar, observar, analisar a bagunça e fazer uma grande arrumação, jogar a papelada fora, organizar os arquivos, mudar o layout da sala, trocar de armário, limpar o chão, espanar os moveis, entre outras coisas?

Arrumar é por em ordem. Por em ordem é organizar alguma coisa. A palavra “organizar” tem a sua origem no latim (organizare) sendo uma derivação da palavra organum cujo significado literal é “aquele que funciona”. Portanto, podemos concluir que arrumar é fazer funcionar.

Fazendo uma aplicação para a vida da gente, a vida só funciona quando está arrumada, colocada em ordem, organizada. O antônimo de “arrumação” é “caos”. A palavra “caos” (khaos no grego) significa “ausência de ordem, vazio”. Uma vida sem arrumação é uma vida vazia. Uma vida vazia é uma vida vazada, sem conteúdo, de modo que uma vida só passa a ter conteúdo quando esta passa por um processo de arrumação.

Fazer uma arrumação, por conseguinte, não só por a casa em ordem. Fazer uma arrumação é por a vida em funcionamento, fazer a agenda da vida funcionar. Arrumação é estabelecer ordem na vida da gente, gerando conteúdo, atribuindo, assim, significado à existência.


Luís José Braga Júnior

terça-feira, 18 de setembro de 2018




As marias fumaças: nem longe nem perto - nem futuro nem presente como  a dolente- linda mas dolorosa Saudade
As "Maria fumaças" levam-me à infância, porque as de verdade, como as de lata remetem
às jovens em trajes de época e nada mais lindo, à qualquer idade...
eram lindas por natureza,/
em sua natural beleza/não por vaidade/descendo dos degraus dos vagões de madeiravermelha, envernizada/
tinham beleza e graça:um broche; um colarzinho de pérolas; um empoar  no rosto, um rouge e mais nada...
os vagões ficavam vazios das donzelas/
mas levavam consigo o perfume inesquecível delas.
dizem que ficavasolitária- sempre na gare vazia abandonada/
uma jovem de vestido branco: com rendas - nas malas sentada/
 que descia do vagão/
sorrindo, girando e dançando... uns diziam vê-la ás noites e madrugadas; de lua cheia,
na estação/ vazia e   enluaradas/
outros que nunca a viram./
mas seu perfume sentiram/..
nesta questão de mentira ou verdade,,,
entra o arbítrio do cora~ção:
-eu digo: - com toda propriedade, se nunca a vi/
 sempre sua presença perto de mim senti e nunca a perdi
- ela se chama dolorosamente - apesar de sua beleza :- Saudade!

Academia Guaçuana de Letras: As Cortinas do Tempo: MARIA FUMAÇA FEITA DE LATA

Academia Guaçuana de Letras: As Cortinas do Tempo: MARIA FUMAÇA FEITA DE LATA: As Cortinas do Tempo: MARIA FUMAÇA FEITA DE LATA : Maria-fumaça feita de lata... Por que as velhas “maria-fumaça” Levam-me à infância ...

Academia Guaçuana de Letras: As Cortinas do Tempo: MARIA FUMAÇA FEITA DE LATA

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As Cortinas do Tempo: ORAÇÃO PELA PÁTRIA EPELO POVOSenhor meu Deus deE...

As Cortinas do Tempo:
ORAÇÃO PELA PÁTRIA EPELO POVO
Senhor meu Deus ...
: ORAÇÃO  PELA PÁTRIA E PELO POVO Senhor meu Deus de Eternidade e Equanimidade de Santa Justiça: Nunca precisamos pedir-Te tanto...

As Cortinas do Tempo: BERRO LANCINANTE DE DOR INCONSÚTIL

As Cortinas do Tempo: BERRO LANCINANTE DE DOR INCONSÚTIL: BERRO LANCINANTE DE DOR INCONSÚTIL Postado por  *Raimundo Nonato Rodrigues em 11 fevereiro 2016 PEAPAZ  ...

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

domingo, 16 de setembro de 2018

O MENINO E A PIPA
Brincadeira de criança a gente traz na lembrança e o coração às vezes balança e dança de amor e de emoção. São muitos brinquedos e alguns segredos, brinquedos que a gente inventa e reinventa ao longo da infância e da adolescência. É uma forma de viver e de participar da vida, dar asas à imaginação enquanto cresce e se desenvolve criando e brincando, vivendo e amando. As lembranças vêm de longe e eu gosto de materializa-las enquanto o tempo passa, a idade avança e, evidentemente, não somos mais crianças. Todos já tiveram essa experiência e cada um poderia contar a sua. Elas são diferentes conquanto sejam especiais na vida de cada um. E são muitas as brincadeiras e são tantos os brinquedos que daria para escrever um livro e mesmo assim não se esgotaria o material. Brincar de peteca, as meninas de boneca, brincar de carrinho às vezes sozinho, brincar de rodar pião, jogar bola, brincar de roda, de pique, pega pega, carrinho de rolimã. Brincar desde a manhã, o dia todo, parando só para estudar e fazer algum trabalho a pedido dos pais. Brincar o dia todo e até de noite, nos finais de semana, nas férias escolares, viajar para brincar com os parentes que moravam longe... Tanta brincadeira que às vezes nem dá vontade de dormir e depois sonhar. E aí depois se brinca nas ruas dos sonhos, brinca sonhando e sonha brincando. Essa brincadeira faz bem à saúde, aguça a inteligência, enturma o pessoal, faz passar o tempo e o tempo também brinca enquanto passa. E entre todas essas brincadeiras existe a de de soltar pipa e vê-la voando no céu levada pelo vento. Esse brinquedo tem o seu nome em cada região do Brasil.  Às vezes é chamada de "papagaio, maranhão, pipa, pandorga, rabiola, curica, cangula, morcego, lebreque, coruja, tapioca, bebeu, arraia, raia, gaivota, quadrado, cafifa, estilão e barriete". (Fonte Google). Deve ter mais nomes de acordo com a curiosidade e a criatividade de cada pessoa em cada região. O mais importante não é o nome que se dá, mas a sensação de brincar, de vê-la no ar rabeando de um lado para o outro como se estivesse viva. O que conta, na verdade, é a brincadeira que hoje envolve até pessoas adultas. O que seria da vida se não existissem as brincadeiras, que começam na infância e muitas vezes avançam pela vida e sempre fazem bem à criatividade, ao passa tempo, à amizade se tornando saudável em todos os sentidos? Brinquei muito no meu tempo, geralmente sozinho e foi onde comecei a pensar e depois a escrever os meus versinhos, minhas poesias, que hoje são lidas a apreciadas por milhares e milhares de pessoas em redor do mundo. E assim a vida se passa "como um conto ligeiro", mas depois a brincadeira continua, pois é gostoso brincar, se divertir e servir ao Senhor enquanto brinca e se diverte. Isto é muito saudável, dar linha à pipa, vê-la subindo até ficar pequena na imensidão, muito acima até ficar invisível aos nossos olhos, enquanto a pessoa dá mais linha à pipa e curte esse momento de alegria, prazer e satisfação. Assim a vida se passa com a sua graça e o seu divertimento, se passa como o vento que leva a pipa e nos deixa aqui felizes pelo nosso invento. Que assim seja a nossa vida, que cada um seja feliz do seu jeito sentindo o coração bater no peito, com sorriso nos lábios e grato a Deus por tudo.

sábado, 15 de setembro de 2018

ninguém é uma ilha



NINGUÉM É UMA ILHA


O ser humano em suas complexidades,
Não foi criado para viver só,
"Ninguém é uma ilha".

Precisamos de aconchego e calor.
Em união temos força e amor.
Ter sempre alguém ao lado,
Todos precisamos, é claro!

Por mais problemas e conflitos,
Que venha existir no decorrer da convivência,
É uma necessidade existencial...

Nosso Criador, assim ordenou,
Consta nas sábias escrituras,
Não é bom que o homem esteja só...

Todos precisam de cuidado e carinho!
Senão, fica mergulhado no frio da solidão...

De dentro do meu ser:
Leti Ribeiro 28.11.2014

quinta-feira, 24 de maio de 2018

AFINAL, PARA QUE SERVE A BÍBLIA?
A Bíblia é o livro sagrado, as santas escrituras, o livro santo, a espada de dois gumes, o cânon sagrado, a Palavra de Deus. Mas, afinal, para que serve a Bíblia? A Bíblia apresenta Jesus, o caminho para o céu, mas, afinal, ela serve mesmo para que? No mundo em que nós vivemos, aparentemente, a Bíblia não serve para nada, pois os líderes religiosos, em sua maioria, estão preocupados com outras coisas, coisas passageiras, notícias alvissareiras e tal. Por isto existem tantas igrejas, pois existem muitos interesses e pode-se ganhar um bom dinheiro com igrejas e religiões. Igrejas nascem como pés de milho, às vezes numa pequena rua tem de 10 a 15 igrejas plantadas e germinando e a pergunta volta a insistir: Afinal, para que serve a Bíblia? Jesus mandou pregar o Evangelho, não "pregar igrejas" ou denominações, ou religiões. A Bíblia é a arma do crente, poderosa arma com a qual podemos lutar contra as trevas, disseminando a luz do Evangelho. Mas muitos fazem uso desta mensagem para pregar as suas convicções religiosas, a sua doutrina, nem sempre cristocêntrica. Ao invés de semear a semente de Cristo, Sua Palavra. semeiam contendas e divisões, semeia-se igrejas e religiões  fazendo mau uso da Palavra. E o número de denominações só cresce. Na cidade onde eu moro (de 180 mil habitantes) tem perto de 400 igrejas e todas elas afirmam que usam a Bíblia como base doutrinária. Tem para todos os gostos e bolsos. Têm igrejas que só batizam em nome de Jesus, outras batizam em nome da Trindade (Mateus 28.19), tem igrejas barulhentas, outras sossegadas, calmas e serenas. Têm igrejas que guardam o sábado, outras não guardam dia nenhum, outras dizem que guardam o domingo, têm igrejas que batizam crianças, outras que só batizam adultos, tem igrejas que não creem em Jesus, nem no Espírito Santo, mas só creem em Jeová. Se tem tantas igrejas, algum motivo deve haver, ou dá dinheiro, ou dá algum tipo de poder ou status. Hoje, a moda é dividir igrejas, formar igrejinhas a partir de uma igreja maior. De repente surge um líder, ou alguém que se faz de líder,  e cochicha nos ouvidos de alguns crentes, junta alguns e abre um salão com um nome bem pomposo. Depois, esta mesma igreja se subdivide. Se é para ser crente assim, para que serve a Bíblia? Será que essa gente já leu o Salmo 133? A Bíblia é pisada e rasgada todos os dias por esses líderes que parece ter titica de galinha na cabeça (como se diz lá em Minas). Jesus mandou pregar o evangelho, não mandou dividir e espalhar. Tem igrejas para todos os gostos. Tem igrejas que dizem que são elas é que estão certas, as outras todos estão erradas. Então o céu vai ficar vazio, pois assim só uma igreja vai pra lá. Onde está escrito isto na Bíblia? Afinal, para que serve a Bíblia? Para essa gente, ela não serve para nada, pois a última palavra é sempre do homem. Devido a toda essa mixórdia, hoje as igrejas, com raras exceções, viraram uma piada, principalmente nos meios de comunicação. Fora as igrejas ditas evangélicas, tem as outras religiões espalhadas por aí formando esse universo de pensamentos, filosofias e ideias sem nexo e sem princípios. Quando Jesus voltar, por ventura achará fá na terra? (Lucas 18.8). A fé verdadeira, genuína, já está em extinção. Hoje se crê mais no homem do que em Deus, ou na Sua Palavra. Multidões correm atrás de curas e milagres, outros vão atrás de prosperidade e aí surgem os espertalhões que se enriquecem do dia para a noite. Afinal, para que serve a Bíblia? Em muitas igrejas, ela nem é lida mais, poucos a levam, ela está no celular ou pode ser lida num monitor. Bíblia para que?  Oração para que? Louvor genuíno e verdadeiro para que? Afinal, para que serve a Bíblia? Ela é a Palavra de Deus, a Verdade que liberta, mas nesses tempos modernos ela é apenas um estorvo na vida de muitos e já foi substituída por muitos. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos" (Salmo 119.105). Que nunca abandonemos a Palavra de Deus!
BRIGA DE TRANSITO
Duas pessoas bateram os carros e uma delas falou:
-A culpa foi minha, eu pago o conserto.
-Não, a culpa foi minha, eu pago.
-Não, eu estava errado: não dei a seta.
-Eu estava errado, por isto eu pago.
-Eu já disse: eu pago, eu te fechei, eu errei.
-O errado sou eu, eu pago.
-Não se fala mais nisto, eu pago o conserto.
-Que nada! deixa que eu pago tudo.
-Eu pago, faço questão de pagar.
-Vê em quanto fica, manda a conta que eu pago.
-Eu pago, eu pago, eu pago...
-Tudo bem, chega de discussão: eu pago.
-Sem mais discussão: eu pago e não se fala mais nisto.
-Eu já disse que pago... faço questão.
-Tudo bem, se a gente ficar aqui, não vamos chegar a nenhum acordo, então eu aceito: você paga o seu e eu pago o meu.
-Pausa...
-Nada disto: você paga os dois, afinal, você é que estava errado.
Aí recomeçou a discussão e pelo jeito não terminou até agora.


24-05-2018.
DE MANHÃ
De manhã
pode-se ver o brilho
do sol e do dia,
pode-se respirar poesia
em contato com a Natureza.


De manhã
pode-se contar
as gotas de orvalho
que pairam sobre a flor,
irradiando beleza.

De manhã
pode-se correr
pelos campos sem fim
e sentir o vento
a nos tocar com leveza.

De manhã
pode-se amar
o sol, o dia,
pode-se respirar poesia
com seu fulgor e beleza.

De manhã
a vida se faz transparente
como um colar, um presente,
e nos deixa assim mais contentes
e felizes, com certeza.

Cícero Alvernaz (autor), 24-05-2015.

Trovadoras do Guaçu em Taubaté


Eliana Teixeira da Silva e Maria Ignez Pereira, filiadas à UBT e à AGL (União Brasileira de Trovadores e Academia Guaçuana  de Letras), tiveram suas trovas classificadas no Concurso de Trovas de Taubaté/17. E lá estiveram elas, na tarde de 17 de março de 2018, no salão nobre do “Lions Club” taubateano, para a entrega solene dos  “Diplomas” lindamente coloridos.

Além de Domitilla Borges Beltrame (Presidente Nacional) e Luiz Antonio Cardoso (Presidente Estadual e da UBT Seção Taubaté) também estiveram presentes trovadores de Juiz de Fora, Pindamonhangaba, São Paulo e várias outras cidades paulistas.

Eliana ainda é novata em Trovas, mas já provou seu talento poético na primeira participação nestes Concursos, o que não é fácil, porque, entre cerca de 900 trovas, são selecionadas apenas 15  trovas em cada tema. E trouxemos para casa também o libelo do Concurso/2017 com todas as trovas premiadas.

Confira as trovas que “ficaram na peneira” para honrar o NOME de MOGI GUAÇU.

Tema ‘Carisma’ – Eliana
Carisma a gente conquista;
ninguém vai nos emprestar.
Quem nasceu sem, não desista.
Basta sua alma enfeitar .

Tema ‘Carisma’ –  Maria Ignez
Carisma é dádiva, é graça,.
que Deus dá só por amor
Partilhe a graça, de graça,
a quem lhe pede um favor.

Tema ‘Silêncio’ –  Maria Ignez
O silêncio, amigos meus,
é um mistério abençoado.
Você mais fala com Deus
quanto mais fica calado.

Fica o registro. 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

O vaso chinês



Conta uma antiga lenda chinesa que um velho monge, pressentindo a própria morte, decidiu eleger entre os seus discípulos aquele que seria o seu sucessor. Por ser um homem sábio e justo não poderia deixar que a predileção por algum de seus aprendizes influenciasse a sua escolha. Na verdade, embora a palavra final fosse sua, a escolha seria dos próprios monges, por isso, daria a eles uma tarefa difícil e a escolha recairia sobre aquele que conseguisse cumpri-la.

Numa manhã amena, quando soprava uma suave brisa no sopé da montanha onde se localizava o monastério, o velho mestre reuniu os dez aprendizes mais dedicados, os quais treinava havia anos, e lhes comunicou a sua decisão de escolher um sucessor por prever sua breve partida. Os jovens se entreolharam com tristeza, pois, embora soubessem que o mestre tinha idade bastante para partir, não desejavam perder sua companhia e deixar de beber dos seus ensinamentos. Ele os instruía desde a infância e era um verdadeiro pai para eles. 

O mestre pediu que os jovens o acompanhassem até uma sala especial na qual nenhum deles jamais havia entrado e todos se surpreenderam ao notar que a sala secreta, a respeito da qual teciam diversas conjecturas, estava completamente vazia. Logo depois que adentraram o recinto, o velho mestre deu uma orientação a alguns serviçais que estavam perto e eles carregaram para dentro da sala quatro bancos de madeira que foram encostados em cada uma das quatro paredes. 

O sábio fez sinal para que se sentassem e disse que iria lhes apresentar um problema, que o seu sucessor seria aquele que primeiro o resolvesse e que teriam até o pôr-do-sol para fazer isso. Se nenhum deles conseguisse encontrar a solução, seriam mandados de volta para as suas casas e o mosteiro seria fechado. A um sinal do mestre entraram dois homens fortes carregando um imenso, antigo e valioso vaso que foi colocado no centro da sala. Olhando para os jovens apreensivos ele disse apenas: “Resolvam o problema” e saiu  deixando a porta aberta.

Os candidatos à sucessão não tiveram chance de fazer qual quer pergunta e concluíram que o precioso objeto ocultava o problema. Os mais ágeis logo viraram o vaso para procurar alguma pista em seu interior, mas ele estava vazio e não havia nenhuma inscrição dentro dele. Então o viraram para olhar embaixo, mas a porcelana era tão branca e limpa como a do lado de dentro. A superfície externa do vaso era decorada, havia uma grande quantidade de traços delicados formando belíssimos desenhos e neles se fixou a atenção dos jovens durante horas e horas, sem chegarem a nenhum resultado. O dia já ia a cabo, eles estavam cansados, com fome e desanimados. O sol já principiava o seu declínio, tingindo o céu de matizes delicados de rosa, amarelo e vermelho.

Os discípulos cochichavam entre si, viravam e reviravam o vaso, mudavam de posição diversas vezes para vê-lo sob ângulos diferentes até que um deles se levantou de um salto e meteu o pé no vaso quebrando-o em vários pedaços. Os outros, aturdidos com aquela atitude, se lançaram sobre ele gritando e acusando-o de ter-lhes tirado a chance de resolverem o problema e terem um sucessor, mas, antes que o ferissem, ouviram novamente a voz do mestre que, parado à porta, ordenou que se afastassem do rapaz e, aproximando-se dele, olhou-o bem nos olhos, sorriu e disse: “Eis o meu sucessor!”. Os outros protestaram, dizendo que ele destruíra o vaso. O velho sábio sorriu novamente e lhes disse que aquele jovem intrépido, ao destruir o vaso, tinha resolvido o problema porque o vaso era o problema e explicou: “Por mais bonito, precioso e raro que um problema pareça, ele continua sendo um problema e requer uma solução. Enquanto vocês tocaram o vaso com cuidado, o alisaram, o acariciaram, o esquadrinharam tentando encontrar uma resposta mágica, esse discípulo fez a única coisa que poderia ser feita: identificou o problema, encarou-o e o resolveu. Se vocês se apaixonam pelo problema, vão tratá-lo com muito tato, vão ser delicados com ele, vão tentar decifrá-lo e, não conseguindo, vão se curvar diante dele e carregá-lo com vocês. Problemas existem para serem resolvidos.”.

Eu conheço essa história há muitos anos e aprecio o seu ensinamento. Muitas vezes nos apegamos aos problemas, damos a eles mais poder do que eles têm e deixamos que eles dominem a nossa vida, isso quando não acabamos tendo um caso de amor com eles e carregando-os nas costas, mostrando às outras pessoas o quanto somos infelizes, o quanto sofremos e como são pesados, difíceis e insolúveis os problemas que carregamos. Esse é um comportamento nocivo e perigoso. Não devemos fugir dos problemas e nem procurá-los, mas, quando eles se apresentam – e eles sempre se apresentam – não devemos nos apegar a eles e carregá-los. Nossa missão é resolvê-los, mesmo porque carregar um grande, delicado e precioso vaso de porcelana, ainda que ele seja lindo, é uma tarefa difícil demais e que nos afasta de nossa missão de nos melhorarmos sempre e contribuirmos para a construção de um mundo melhor. Para isso estamos aqui.

Isa Oliveira (Membro da Academia Guaçuana de Letras)

quinta-feira, 12 de abril de 2018

SOBREVIVENTE
Sou um sobrevivente
e vou contar por que:
Sou um brasileiro sobrevivente,
porque sobrevivi a quatro governos do PT.
Me roubaram tudo,
me deixaram sem nada,
fiquei sozinho na estrada,
fiquei sozinho na rua
com as costas nuas,
com os meus pés no chão,
sem roupas, sem água, sem pão.
Sou um sobrevivente,
assisti o meu País sendo roubado,
assisti a Petrobras sendo estuprada,
vi nosso dinheiro indo pro exterior
para beneficiar ditaduras
numa negociação impura,
numa ação que se desatina,
muitos políticos mergulhados na propina,
isto eu vi de fato,
mas surgiu a Lava Jato
pequena como criança
que encheu de esperança
os brasileiros de bem.
Olhei e não vi ninguém,
estava sozinho perdido,
fiquei assim encolhido
e tapei o meu ouvido
pra não ouvir o estampido
de uma arma qualquer,
vi criança, homem e mulher
perder emprego e dinheiro,
vi a inflação chegando,
o País se desmoronando,
nosso PIB foi a zero
por causa da roubalheira
vi nossa Nação inteira
por alguns sendo roubada,
fiquei sozinho na estrada
como quem não espera nada,
um simples sobrevivente
e vou contar por que:
Sou um brasileiro sobrevivente,
porque sobrevivi a quatro governos do PT.

Cícero Alvernaz (autor)
10-04-2018.

terça-feira, 27 de março de 2018

Marcos Cunha

Marcos Antonio Gonçalves da Cunha quando criança mais conhecido como Didi ou depois de adulto como Marcos Cunha.

Nascido em Mogi Guaçu filho de Antonio G. Cunha (Tonho Carpinteiro) e Josefa S. S. Cunha (Dona Fina) irmãos Carlinho Cunha, Antonio Carlos (Neno) e Rosangela (Tia Rô).

Criado livre com brincadeiras de rua, próximo a um centro esportivo (CERESC) tinha esportes, piscina e amigos, muitas aventuras na linha do trem da MOGIANA que passava próximo de  minha casa, pé de bocaiúva adorava  os coquinhos...,  pescaria de peneira no córrego três latão hoje Pedalinho (bairro São Camilo), muito medo de passar por baixo do pontilhão do trem que ficava na frente do cemitério do Jardim novo e acabava a aventura no Tancão da  CONSTRUMEC e na volta ia até o pé de  Tamarindo que  ficava  próximo ao Matadouro Municipal em direção a Aguai. Que saudade. 

Depois trabalhei na Fazenda Sete Lagoas na turma do Sr Otavio (Aqui é aonde o  filho chora e a mãe não vê) foi a primeira frase  que eu ouvi “Nossa que horror pensei..”, Trabalhei na padaria Bandeirantes, fabrica de tênis a SAAD , trabalhei 4 anos  com meu pai de carpinteiro (homem forte com valores honestos), em 1994 entrei na Prefeitura Municipal  como porteiro aonde trabalhei 24 anos (19 deles na  escola CAIC). 2002 voltei a estudar só tinha 7º ano, fiz eliminações de matérias, 2004 entrei na escola Pedro Ferreira Alves me formei como TEC em Meio Ambiente (pensei que salvaria o mundo), 2006 fiz TEC em Ciências Ambientais CEGEP, 2007 entrei na Faculdade Municipal Franco Montoro pra  estudar Engenharia Ambiental (que decepção por falta  de $$$$ tranquei minha faculdade  assim que  descobri que não salvaria o mundo), 2009 fiz ENEM como bolsista em Licenciatura Plena em Pedagogia  aonde conheci LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)  me formei  em Pedagogia  e  em LIBRAS,  2013 fui novamente “convidado” a sair da outra escola aonde estava trabalhando, desta vez  fui trabalhar na Secretaria Municipal de Cultura ande tive o convite para fazer um projeto pessoal na Biblioteca Municipal de uma Oficina de Contação de Historias.

O projeto me fez ter uma projeção por vários meios de comunicação (Jornais, TV, Mídias Sociais), eventos de Secretarias Municipais, Escolas (Emef, Emeis, Ceis e EJA), Instituições e varias ONGs, da Cidade e região.

Em fevereiro de 2018 me efetivei na Fundação Educacional Guaçuana FEG como Professor, escrevi e publiquei um livro Infantil “O Segredo da Lancheira” seu lançamento foi dia 10/03/2018 (reconhecimento da Câmara Municipal com voto de Aplauso de trabalhos prestados  como Guaçuano, contador de historias  e pelo o lançamento do Livro), sou pos graduando em Educação infantil e Educação Inclusiva (ênfase em Matemática), estou cursando pelo Pronatec INSTITUTO TECNOLÓGICO BRASILEIRO - ITB, turma Língua Brasileira de Sinais (interprete). 

Casado com Miriam de Oliveira Cunha há 22 anos e tenho uma filha Isabella G. Cunha. Sonho tenho muitos... Certeza não ter mais  o tempo que passou... Morador na mesma casa a mais de 40 anos, quatro gatos Paçoca, Nina, Nazaré e o Agregado (gatão).

Paixões profissionais, Matemática, histórias infantis e Libras

Contação de historias, eventos (019  99271 9128) zap

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domingo, 18 de março de 2018

TE AMO
Te amo,
amo você,
amo-te muito,
não sei por que.
Te amo,
disto eu sei,
tenho certeza
que te amarei.
Te amo,
vou sempre repetir,
qual relógio na parede
que fica sempre a insistir.
Te amo,
isto não posso negar,
enquanto forças tiver
estarei sempre a te amar.
Cícero Alvernaz (autor) 26-03-2016.

sexta-feira, 16 de março de 2018

LULA PRESO, SÓ EM SONHO! 
Esta noite eu sonhei que o Lula tinha sido preso e ninguém comemorava. Eu também não comemorei, aliás, o que eu quero e imagino que o Brasil também quer é a devolução dos bilhões, estejam onde estiverem e com quem estiverem. É disto que o Brasil precisa, pois a desculpa dos políticos é que o País não tem dinheiro, mas eles têm e não é pouco. É só pensar no que ganha um vereador. Imaginem só um político de "grande porte!". Esses políticos atuais estão acabando com o País. Repito aqui, vereador não deveria ter salário, ou melhor, nem deveria existir. Mas pela força da Lei Eleitoral eles existem e ganham milhões. E o Brasil continua seguindo ladeira abaixo. Nossos políticos são tão ruins que não conseguem fazer nem a Reforma da Previdência, que tinha que já ter sido feita há mais 30 anos. E ainda culpam o presidente Temer. (16-03-2018)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES


A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
Aberta pós morte.

Sou grato pela minha vida.
Não terei últimas palavras a dizer.
As que tinha para dizer, disse durante a minha vida.
Recebi Muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. 
Plantei árvores, fiz jardins. 
Construí fontes, escrevi livros. 
Tive filhos, viajei, experimentei a beleza, 
lutei pelos meus sonhos. 
Que mais pode um homem desejar? 
Procurei fazer aquilo que meu coração pedia.
Não tenho medo da morte, embora tenha medo do morrer.
O morrer pode ser doloroso e humilhante, 
mas à morte eis uma pergunta: 
- Voltarei para o lugar onde estive sempre, 
antes de nascer, 
antes do Big Bang ou (COMEÇO DO UNIVERSO)?
Durante esses bilhões de anos, 
não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse.
“Voltarei para lá até nascer de novo.”



domingo, 18 de fevereiro de 2018

NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO


O Amor é um sentimento nobre demais para se vivê-lo mendigando.



NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO

O título pode parecer díspar frente ao que vai ler, mas à medida da leitura do assunto, ele se encaixa.

O Amor entre um casal é na verdade pouco falado como se deve. Ou é colocado quase sempre sobre os trilhos da teologia, dos aconselhamentos vestidos de autoajuda, ou tecnicamente pela psicologia-social e outras áreas se o caso for específico. Na grande razão só deveria vir de forma natural, como o verdadeiro sentimento que é - da composição do ser humano e sua atração pela outra pessoa.

À medida que o casal precisa de constante... repito - constante  intervenção externa nos moldes citados, mais inclusive o policial e seus desdobramentos para o jurídico, começamos a pensar no que o título deste ensaio tem a nos dizer.

A História tem fatos reais e romances às centenas - sobre uniões baseadas nos interesses financeiros, nobiliárquicos ou políticos, onde um dos cônjuges - normalmente eram as mulheres que mais sofriam - passavam a ser somente um objeto sexual, uma serviçal e 'boa' parideira. Que, aliás, a sequência maternal em série, era para mantê-las confinadas aos filhos - para os homens de posses, terem tempo livre para seu harém espalhado pela cidade e vizinhanças, ou nos lupanares. Houve casos, não poucos, de internações de mulheres sadias como loucas, por maridos fazendeiros ricos, para livrar-se delas no famigerado hospital do “holocausto brasileiro” de Barbacena-MG [De 1903 a 1980, mais de 60 mil pessoas morreram no Hospital Colônia, e boa produção de cadáveres eram vendidos para faculdades de medicina. Tal manicômio desativado na década de 80 era localizado na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. - *Leia mais em http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/chocante-documentario-conta-historia-do-hospicio-mais-cruel-do-brasil--13240?cpid=txt.

De volta ao fluxo do relato principal: já os pobres tinham muitos filhos pelo contrário dos ricos, por não terem dinheiro para os lupanares e orgias. Não obstante, obtinham a domicílio mesmo, muitas mãos de obras, comuns desde as crianças a partir dos seis anos de idade, em qualquer serviço.

Hoje estes fatos não são mais segredo para ninguém. Até o nosso rei ou Príncipe Regente Dom Pedro I, teve seus casos de lazer sensual nos lupanares e com diversas bailarinas francesas, com pelo menos duas teve filhos, e se envolveu por mais tempo com Domitila de Castro Canto e Melo - que elevou a Marquesa de Santos - também não lhe sendo fiel, pois teve um filho com a sua “lugar- cunhada”, irmã de sua amante Domitila, a qual morava no Rio de Janeiro. E, existiram outros casos de Sua Majestade Dom Pedro de Orleans e Bragança. - Se já houvesse a ‘Jovem Guarda’ ás tardes de domingo, Sua Majestade cantaria com Erasmo Carlos: “Eu sou Terrível”.

Hoje felizmente apesar de uns pesares há uma maior liberação e algum apoio maior às mulheres. E há em curso várias reivindicações de iniciativa delas e de parlamentares.

Quando me formei em Ciências Jurídicas e Sociais, nos anos 80, não havia a Delegacia da Mulher, nem a Lei Maria da Penha, que de forma inconteste foi um avanço no reforço à defesa da mulher, além de juridicamente no Código Penal e Processo Penal, artigos que tratavam da "honra do marido traído" mesmo nos casos de homicídio, também no Código Civil e seu diploma regulamentador o CPC. O capítulo, parágrafos e artigos que tratam da família (Direito de Família); *as separações: pós-divórcio (antes não contemplados pelo desquite) e direitos da mulher cônjuge ou companheira que convivam maritalmente sobe o mesmo teto, teve modificações, que recaem a bem da mulher, e outras edificações jurídicas.

Neste contexto, ao Amor não cabe imposição, interesses familiares ou grupais. Não cabe mais construir metáforas romanescas, o sofrer por sofrer de amor... como nos contos de fadas em que do interior da Fera sempre houvera esperança de ressurgir um príncipe para a Bela retratar sua saga em lindos acalantos. Se assim fora, maravilha! Mas quando comprovadamente a Fera for realmente 'fera' - não há alternativa se não sair desse relacionamento escravagista, repleto de pancadaria, infidelidade e desamor, onde a mulher é mais objeto do que um traste jogado no sótão. Mas nunca se esquecendo, sem falso puritanismo, de que também de própria e livre iniciativa da mulher se faz objeto sexual de forma sórdida e extremamente passiva; se vende e se escraviza à devastadora pornografia e se doa a outro ser humano por diversas razões... Vejam-se os ‘programas’ pelas  avenidas, ruas e becos ‘de amargura’, filmes, vídeos além dos programas televisivos levados para o interior de nossas salas, beirando a raia de dejetos.


*
Só relembrando, uma personagem já citada - Domitila - conta a História, por exemplo, que ela recebia constantes espancamentos por Felício seu primeiro marido, do qual mesmo ela tendo sofrido tentativa de homicídio (hoje, não sei por que, se diz feminicídio) como se as mulheres não fossem da espécie humana; fossem Extras Terrestres. Mas, Domitila sofria de Felício  inúmeras agressões físicas - Felício era oficial mineiro do Corpo dos Dragões de Vila Rica . Tentou Felício se reconciliar com Domitila, dizendo-se regenerado; mas não; a bebida, a violência de caráter e o jogo de cartas o levaram a produzir duas facadas em Domitila uma na coxa, outra no abdômen, esta ficando meses entre a vida e a morte.

O inverso em menor número também é válido, sendo o mais constante a infidelidade conjugal ou adultério por causa de falha moral, quando não por outra causa.


Tudo se resume na falta de Amor de um para com outro, a falta de interesse no bem estar comum, somados ao desdém para com as necessidades biológicas naturais e emocionais do outro...
Quando é assim, com total falta de cumprimento das obrigações conjugais e sexuais, não têm solução; não têm remédio ou terapia de autoajuda que dê jeito. Quando as outras mulheres são melhores que a sua esposa, ou vice-versa, o casamento estará falido.



Eu sei que às vezes é difícil de aceitar um papo assim direto. Mas há a questão da dignidade ou amor pessoal (antigamente se falava em honra - lavar a honra), marcavam-se até duelos... hoje se mata com tiros ou facadas, pauladas, linchamentos...

Não importa mais a classe social. Quem mora em condomínio ou apartamentos em edifícios de vários andares, onde predominam ricos e classes médias altas; não são ‘pés-rapados’...  e noticiários atuais divulgam assassinatos passionais (contra  mulheres) nesses locais.

Não perca sua cabeça porque alguém não lhe corresponde ao amor que acha que é maior que da outra pessoa. Num dos casos o homem tinha 59 anos a mulher (e muito bonita) tinha 28. Ele espera mais o que da vida agora? Outra mulher a princípio, sabendo quem ele é, o que fez ou pode fazer, não vai  aceita-lo nem com vela amarela acesa.

Não somos nós que iremos traçar os caminhos. Estragando-se a travessia, vai ficar de difícil a impossível atingir o porto do destino. Meu pai em sua filosofia rude de sulista dizia: “Não ponha anel de ouro em focinho de porco. E... quem te despreza é porque nunca te amou”!

Estamos falando de Amor que comporta uma equivalência correspondente, como fossem dois pratos de uma balança nivelados em peso e valor. Como um nível cuja bolha estará perfeitamente encaixada no demarcador do relacionamento. Evitar os desvios e desníveis, sopesando a um mais e outro menos, onde este último vai sofrer lastimar e chorar.
Além do amor próprio que carregará consigo seja com quem for, deve estar certo que em questões humanas se ganha e também se perde. É o caso de saber quando e o motivo de pôr um fim num relacionamento. Sem rusgas, sem culpas, sem estresse.

Em nenhum momento podemos dizer que é fácil - também por isso foi dito 'saber terminar.' Livrar-se daquilo que é desamor: fábrica de lágrimas, tristezas, angústias e de infelicidade. Valorize-se, dê a você, todo o amor que não recebe. A outra pessoa não é nenhum ídolo, é de carne e osso - ou ‘carne de pescoço’ - como diziam os mais antigos; e faz todas as mesmas necessidades fisiológicas que você, igualitariamente, nada de ouro com perfumes de alfazema!
Transfira o amor que não recebe por bônus  de valor para você. E saia de cabeça erguida para encontrar um outro alguém; humano , na melhor acepção da palavra, digno de todo o Amor que tem para lhe dar.

Uma pessoa pode parecer absolutamente encantadora no começo, mas talvez logo você tenha que se perguntar para onde foi todo aquele encanto ainda em plena juventude... antigamente "aquele corpinho de violão" para a mulher - hoje se diz 'aquele corpão', barriga de tanquinho, etc. “Nem tudo que reluz é ouro”, para ser direto.

O amor verdadeiro é algo que vai além de [mesmo compreender as divergências] e amar as coincidências; que, aliás, é o que há de menos importância na composição da psicobiologia das pessoas. Um amor sincero e verdadeiro é se apaixonar pelas diferenças naturais, saber que um genética e fisiologicamente são seres humanos  de conformação diferentes  de origem diferente, e graças a Deus [na maioria quase absoluta] nem parentes somos - ‘todos’  somos possuidores de imensa diversidade, tanto quanto o número de células que nos compõe.

E com grande regularidade, ao conhecermos outro alguém, nos momentos iniciais de interação, formarmos a primeira impressão, impressão essa que é influenciada pelas atitudes e gestos, ou seja, comportamentos. Pesa nos primeiros contatos e encontros o conhecimento de como essa pessoa é, e se vai muito pela  aparência física que é o natural.

Ainda acontece de vir no ‘pacote’, a ilusão de que a aparência, aspectos físicos e comunicação corporal, dizem das características da personalidade humana, a compreensão da vida e tudo o mais que a formam.

Dou como exemplo - de homem que sou -  que a aparência física, o corpo de uma mulher, os traços de seu rosto, em suma sua beleza: seus cabelos [se forem da cor que aprecio, melhor sendo naturais], altura, postura, andar, como se veste... Aqui é importante dizer que a primeira impressão é a que fica...

Se quisermos conquistá-la para relacionamento sério, iremos detalhar sobre esse caso. Se nem pensarmos, sendo apenas uma ‘namoréte’ - [‘peguete’- este termo já era], pouco importa como ela está vestida ou ‘desvestida’, o que no último caso até se acham melhor.

Conforme a intensidade do impulso ou que almejam (ambos) obterem, a atratividade física vai estar no topo das preferências. Contudo levamos em conta também a propositura da visão do ‘belo’, “cada ponto de vista é uma visão de um ponto” - e quem ama o 'feio', bonito lhe parece.

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*Separações conjugais - Desquite/Divórcio - Pelo advento da Lei nº. 6.515 de 1977, que o substituiu primeiramente o “desquite” pelo vocábulo “separação”, admitindo, igualmente, a modalidade consensual (amigável) e contenciosa (litigiosa). O art. 24 da chamada Lei do Divórcio estabeleceu o primeiro diploma normativo acerca da matéria, assim dispondo: “O divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso”.





terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

ALÉM DOS ANOS

BOM FERIADÃO DE CARNAVAL


(C) Imagem - Maria Margarida Madruga - PEAPAZ.

Bom carnaval

Mauro Martins Santos

QUERIDO AMIGOS APRECIADORES DAS FOLIAS CARNAVALESCAS...

1. Se beber passe o volante a outra pessoa sóbria.
2.Todos podem e devem se divertir, mas com responsabilidade ainda maior nestas datas.
3. As estradas estão cada vez mais perigosas e com muitos motoristas dirigindo alcoolizados ou drogados.
4. Respeite ainda mais os limites impostos pela lei quanto à velocidade, ultrapassagens, distâncias de outro veículo adiante, sinalização em geral.
5. Em certos casos devagar também é pressa, ou quem tem pressa sai mais cedo, mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
6. Pensem em suas famílias, sobretudo nas crianças e os ditames da lei de trânsito quanto ao conduzi-las adequadamente.
7. Deem um tempo para as 'selfies', os arrastões de roubo a celulares e valores estão de forma acentuada quando as pessoas ficam mais vulneráveis e desatentas. 


8. Verifiquem todos os documentos principais, e deixem em casa  joias, objetos de ouro ou valor e não ostentem dinheiro em público. Zelem sem descuido de seus copos de bebida. Nestas datas aumentam as dopagens aleatórias ou de mulheres, chamadas de "Boa noite Cinderela".
9. Todo cuidado e 'caldo de galinha' não fazem mal a ninguém.
10. Este decálogo é apenas um modo deste amigo poder ser útil, nenhum 'terror'; uma confraternização à responsabilidade de cada um. Vão e Voltem bem de seus destinos.

FELIZ E DIVERTIDO FERIADÃO DE CARNAVAL

domingo, 11 de fevereiro de 2018

COISAS DO CARMO (Carmo de Minas)



QUEM NÃO ASSISTIR TÁ PERDENDO DE VER A VERDADEIRA MINEIRICE. ALÍ MESS, UM TIRINHO DE ESPINGARDA...

Moji Guaçu, há gerações foi se "amineirando", por ser boa anfitriã e por ser excelente vizinha.
Muitas cidades representam bem nossa querida Minas Gerais, umas pelas belezas naturais, outras pela comida (gastronomia fica meio "desamineirado") outras - quase sempre pelas duas coisas, e outras por três coisas. quatro coisas, cinco coisas... Mas é messs Uai!  Comida mineira nem se fala de boa, gostosa e bastante, um 'mundaréu' que dá gosto...Queijo,vinho, pãozinho de queijo, as águas, ar de incontáveis montanhas...e cachoeiras... Eita! Lambari, Caxambu, Cambuquira, São Lourenço... águas com gás saída diretamente da terra!!! E para tudo que é doença... EU QUEROO!

Pois bem, mas o vídeo é para mostrar que algumas pararam no tempo. No tempo bão! Do sossego. Na natural mineirice sem maquiagem, tão mineira que até dói... De saudades: CARMO DE MINAS-MG. O que ver? A verdadeira e legítima simplicidade: a mineirice das MINAS 'ABENÇOADAS' 'GERAIS.
Nota: Não sou mineiro, sou paulista nascido em Tatuí, mas devo ter nascido em outra era nas Minas Gerais...







































SOBRE UM GENTIL COMENTÁRIO...




Recebi do Amigo-confrade Stelo Queiroga do Recanto das letras - ao meu texto Língua Portuguesa, Tire suas Dúvidas - o gentilíssimo comentário abaixo poetizado. Pequenas coisas nos fazem valer a pena continuar estudando e escrevendo sempre; Obrigado Stelo, o teu coração que é brando e amigo...!

Sei que vou ter um bom dia... 

Quando aprendo ao despertar ... 
Daqui mando meu bom-dia... 
O teu mister é ensinar...

< S.Q.>

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O Segredo da Lancheira de Marcos Cunha


A magia de um tempo que se foi

O Segredo da Lancheira é o primeiro livro de Marcos Cunha, escritor e membro da Academia Guaçuana de Letras. Tal obra, voltada ao público infantil, tem os desenhos da talentosa Juliana Bueno e será lançada nos próximos dias em Mogi Guaçu/SP. A AGL teve acesso ao livro antes do seu lançamento e preparou a presente resenha. 

O livro infantil narra a aventura de Didi, um típico menino do interior do Estado de São Paulo dos anos 70 em um dia de aula. Tudo começa com o personagem saindo de sua casa para ir à escola, portando sua preciosa lancheira vermelha de tampa branca que, além de guardar o lanche preparado com muito carinho por sua mãe, guarda um segredo. Tudo corre bem sob o olhar atento da professora, mas quando os alunos saem para o recreio, Jessé, o companheiro "bagunceiro" de Didi apronta uma das suas. Ele vai até a classe vazia e mexe na lancheira de Didi, descobrindo o segredo até então guardado a sete chaves. 

Marcos Cunha consegue estabelecer uma conexão com as crianças de hoje, mesmo ambientando sua história em tempo remoto, pois os problemas abordados ainda são os mesmos. O emocional das crianças, a vergonha, a humilhação, temas tão presentes (infelizmente) no ambiente escolar. Deixar a casa dos pais para ganhar o mundo da escola nem sempre é uma tarefa fácil e a obra aborda justamente esta passagem. É preciso crescer...Entretanto, é pertinente reconhecer o seu espaço, o seu tempo e sua própria história. Aos mais saudosos fica a boa representação de uma cidade que mudou muito, assim como seus habitantes. 

Um livro bonito, colorido, bem ilustrado e editado pela editora Compacta, cuja mensagem atual o torna leitura indispensável para pais e crianças em período escolar. Marcos Cunha é um autor acostumado com nossas crianças e deixa claro nesta obra sua afinidade com elas. Já o imaginamos contando a história de Didi com a magia que só um contador de histórias é capaz de "conjurar".   

Fica a resenha e a dica.   

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

FOSTES




Fostes...

Sim, fostes...

O sonhar impossível dentro das cores da noite,
Desejo alcantilado, a buscar o olor de teu corpo,
O fluir do tempo, lua no céu, a sina meu açoite...

O véu da escuridão o perfume de dama-da-noite,
As estrelas em cortejo a toldar os meus desejos;
A dor, a cruel saudade em meu corpo, o pernoite.

O castelo dos ventos fustigantes, o doloroso pranto;
Na penumbra orvalhada meu único e profundo amor,
O medieval delírio e a torre de meu secreto encanto!

CHUVA ATEMPORAL


CHUVA ATEMPORAL

Gotejam lá fora gotas numa lata
Os trovões ribombam distantes...
No condutor o rumor de uma cascata
Menino, eu dormia feliz num instante.

Imaginando meu telhado protetor
Meu colchão simples, mas confortante,
Hoje - menino já velho - cheio de dor...

Os segundos a tiquetaquear,
Penso lá fora, no chão sem cobertor,
Doentes, velhos e crianças a chorar...

Já são altas horas, retiro a lata da goteira
Para não ouvir o som que era de saudade,
Parecendo dar à miséria uma eira ou beira;
Somos todos cegos esta é a pura verdade...

Ribombar de trovões distantes ora tristes são,
O telhado já não me protege das gotas frias
Que caem lá fora em meu exposto coração...
Tempus fugit, e todos ficamos nesta apatia.

Não podemos sair a esmo pela noite afora,
A noite é o logro de um poema feito a sós
Não, a selva se alimenta de sangue agora,
Há angustia no Tempo que cala nossa voz...

E breves quanto eternos serão os segundos
Soma dos infindáveis minutos e horas feridas.
Para dormir só o acalanto de outros mundos

Nos agregará o fluir da paz para nossas vidas!