quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O TEMPO NÃO NOS ESPERA
Dezembro, final de ano, fala de passagem, de transição, de mudanças e de expectativas. A vida muda ou nós mudamos dentro da vida. E quem não muda estaciona, se apega, renega a vida e fica rodando em círculos qual folha caída tocada pelo vento. Mas a vida exige mudanças, decisões e às vezes tem pressa na sua forma de agir. Ninguém pode ficar paralisado sob pena de ficar atrofiado e por fim ser  inutilizado. A vida exige ação, busca, motivação e ambição. Para muitos, final de ano pouco representa ou quase nada. Na verdade, parece ser assim mesmo, se levarmos em conta todo o contexto da vida com as suas atribuições. Mas as mudanças ocorrem e são necessárias e pungentes. Elas podem ser vistas no dia a dia, na vida das pessoas, no comércio, nas escolas e até nas igrejas. Não há como negar este fato. Quem não se adequar e não participar ficará de fora dos acontecimentos e perderá o bonde da vida e da história. É melhor se ater aos fatos, às ideias e aos ideais num crescendo, e sempre se envolvendo para não ficar para trás. É bom deixar certas situações de pouca relevância, certas conjeturas e abstrações e se enturmar no afã de viver a realidade que aí está, e não uma ficção dentro da realidade proposta. Dezembro apareceu e sorriu. Posso não ter achado nenhuma graça, mas ele é real. Ele nos convida a sair, dançar a sua música, beber do seu vinho e comer do seu prato. A vida nos dá as mãos e nos encaminha e nos ajuda na travessia. É bom nos atermos a tudo isto sob pena de ficarmos para trás e depois não conseguirmos embarcar no trem da vida, que, diga-se de passagem, já deu dois sonoros apitos. Eia! Vamos que o tempo não nos espera.

Cícero Alvernaz (autor) 15-12-2015.

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